Deputado participa de reunião para tratar sobre impactos da Reforma da Previdência nos servidores policiais

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BRASÍLIA/SUL FLUMINENSE

Representantes da União de Policiais do Brasil (UPB), formado por policiais, federais e rodoviários federais se reuniram na quarta-feira, 27, com deputados federais, dentre eles o Delegado Antonio Furtado (PSL). Os presentes trataram sobre o impacto da Reforma da Previdência nos servidores policiais.

“Percebemos nessa reunião uma preocupação dos policiais, que apresentam um inconformismo, com regras previdenciárias que não estariam sendo justas, na visão deles. O principal problema seria com relação aos servidores mais antigos, que já estariam próximo de se aposentar e, com as novas regras, teriam que passar de um a dois anos para até dez anos a mais de serviço”, contou frisando que a solicitação deles é para que exista uma regra de transição para se aposentarem mais cedo.

O deputado acredita que nestes casos precisa ser analisado o risco de cada profissão, além do desgaste físico e psicológico. Ainda segundo Furtado, além da regra de transição, falta à inclusão dos Guardas Municipais, Oficiais de Justiça e demais servidores, que exerçam atividades perigosas, em um regime previdenciário especial. “Sou policial há mais de dez anos e conheço o enfrentamento constante do dia a dia. Entendo que, na proposta da reforma, precisa ser analisada a possibilidade de, não apenas, os policiais serem atendidos, mas da inclusão dos guardas municipais que também exercem atividade perigosa no seu trabalho diário e não foram lembrados como uma categoria especial”, defendeu o deputado federal.

Existem estimativas do Tesouro Nacional que mostram o agravamento das contas do sistema de aposentadorias no Brasil. Com as regras atuais, a Previdência deve ter um rombo de R$ 309,4 bilhões neste ano, um aumento de R$ 20,6 bilhões em comparação ao do ano passado. Esse valor é o que faltará para pagar aposentadorias e pensões depois de descontado todo o dinheiro que o governo arrecada com as contribuições de patrões e empregados.

Furtado afirma que a Reforma da Previdência acaba sendo inadiável por conta do rombo previdenciário no Brasil. “O governo gasta cerca de 60% da sua receita com esses pagamentos. Caso não haja algum tipo de reforma, o Brasil vai quebrar. O grande risco é de que as pessoas no futuro não possam mais receber seu beneficio como aconteceu na Grécia. Existe a necessidade de fazer uma reforma, mas precisa ser analisada e permitir as pessoas um planejamento mínimo. Sacrifícios vão ter que ser feito, mas que seja de uma forma igualitária, levando em consideração a atividade que cada um exerce. A nossa expectativa é aperfeiçoar a reforma e garantir uma reforma justa”, concluiu Antonio Furtado.

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