Deputado Noel de Carvalho participa de frente de defesa do Aeroporto do Galeão

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ESTADO

O deputado estadual Noel de Carvalho (PSDB) participou, na noite de quarta-feira (06), de um debate virtual promovida pela Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), para discutir os riscos que o modelo de privatização proposto pelo Governo Federal para o Aeroporto Santos Dumont pode causar ao Galeão. A preocupação dos participantes do encontro é de que, o Aeroporto Internacional tenha redução drástica de movimentação, causando prejuízos para a economia do Rio.

“A evolução geral do nosso estado depende do funcionamento adequado dos nossos aeroportos. A economia do Rio depende muito dos aeroportos.”, afirmou Noel de Carvalho, que é presidente da Comissão de Economia, Indústria e Comércio da Alerj.. Ele lembrou, que o Galeão é uma porta importante de entrada e saída de cargas do o Rio.

O Aeroporto Santos Dumont será leiloado em 2022 junto com outros 15 aeroportos. O processo de licitação foi aberto recentemente pelo Governo Federal. No dia 27 será realizada uma audiência pública virtual para debater os editais. Na última terça-feira, o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), usou as redes sociais para questionar o modelo de concessão. Ele disse que a União quer fazer caixa e está prejudicando o Rio. Paes alega que a concessão do Santos Dumont, da maneira como está, é prejudicial ao Galeão.

Debate coordenado por governador em exercício

Coordenado pelo presidente da Alerj e governador interino, André Ceciliano, o debate teve a participação, além do deputado Noel de Carvalho, do prefeito Eduardo Paes, do secretário estadual de Turismo, Gustavo Tutuca, do senador Carlos Portinho (PL-RJ), e dos deputados federais Otávio Leite (PSDB-RJ) e Hugo Leal (PSD-RJ). Também participaram os presidentes da FecomércioRJ, Antônio Queiroz, da Associação Comercial do Rio, José Antônio do Nascimento Brito, Firjan, Luiz Césio Caetano, da Rio Indústria, Sérgio Duarte, e o diretor-geral da Alerj, Wagner Victer.

O presidente da Alerj apresentou dados que demonstram que o Galeão vem perdendo relevância, principalmente, na crise da pandemia: em 2019, o aeroporto internacional chegou a transportar 21 milhões de passageiros e gerava 21 mil empregos. Hoje são dez milhões de pessoas e sete mil empregos. Ele ressaltou que é imprescindível a união de forças para salvar o terminal.

O prefeito Eduardo Paes afirmou que o modelo de concessão proposto para o Santos Dumont permite a expansão por meio do aumento de passageiros em voos domésticos e internacionais. Para ele, a medida trará “prejuízo incomensurável” para o Rio. Paes  defendeu a inclusão de uma regra de restrição de voos diretos com distância maior do que 500 km, com exceção de Brasília.

Segundo ele, isso evitaria a concentração de voos no Santos Dumont e aumentaria o fluxo para o Galeão em 30%, em curto prazo. A prefeitura também sugere vincular uma parcela do valor da outorga da concessão do Santos Dumont para investimentos do estado e do  município para melhorias no acesso ao Galeão. As duas propostas já foram apresentadas pelo município na consulta pública sobre a concessão.

Para o deputado Noel de Carvalho, se não houver o entendimento das autoridades e entidades do Rio, o estado e a capital serão prejudicados. Ele lembrou que, quando era prefeito de Resende e atraiu as indústrias automobilísticas para a cidade, uma das preocupações dos  empresários eram os aeroportos.

 

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