Deputado federal solicita programa Segurança Presente para Barra Mansa

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BARRA MANSA

Nessa semana o deputado federal Delegado Antonio Furtado (União) se reuniu com o secretário de Estado de Governo, Rafael Thompson, no Palácio Guanabara, no Rio de Janeiro. Ele solicitou o programa Segurança Presente para Barra Mansa, devido aos episódios que aconteceram na sexta-feira, 20, nos bairros Ano Bom (Vila Delgado) e Colônia Santo Antônio. O projeto consiste em um reforço às demais ações de policiamento, aumentando a segurança e reduzindo delitos. Furtado defende que é um modelo eficiente e funcional de patrulhamento. O secretário ficou de analisar o pedido.

Ele adiantou que o Segurança Presente será lançado no fim de junho em Volta Redonda e Barra do Piraí.

A sexta-feira, dia 20, foi atípica no município de Barra Mansa. Ônibus e veículos incendiados, avenida interditada e aulas suspensas devido ao pânico que se instaurou após a morte de um jovem de 19 anos na Vila Delgado, no bairro Ano Bom. Agentes do 28° Batalhão de Polícia Militar (BPM) disseram que foram até a comunidade em ação de combate ao tráfico de drogas e que houve troca de tiros entre policiais e criminosos, que culminou na morte de um suspeito de envolvimento com o tráfico de drogas, duas prisões e apreensões de entorpecentes. Entretanto, a população rebateu que houve uma execução no local, se manifestando por meio de barricadas que comprometeram ao longo do dia o fluxo do trânsito na Avenida Presidente Kennedy que, na parte da manhã, chegou a ficar completamente interditada. À tarde, carros também foram parcialmente incendiados no bairro Colônia Santo Antônio e comerciantes, assustados com a situação, fecharam as portas de seus comércios.

Para o deputado federal, a atitude de queimar um veículo de transporte público é um exemplo de crime de narcoterrorismo. Furtado, que já foi delegado, explicou que, neste método, os criminosos envolvidos em atividades ligadas ao tráfico de drogas, utilizam diversas formas de intimidação, coação e constrangimento, com o objetivo de influenciar uma coletividade, gerando terror às comunidades, através do uso de armas, explosivos e fogo, como no episódio na Vila Delgado. Para o deputado, a intenção é controlar determinada área, além de ser uma forma de enfrentamento às ações policiais.

Ele é autor de um projeto de lei que cria o crime de narcoterrorismo no país e inclui na Lei das Drogas a intenção de ampliar as ações de combate. Estabelece pena de seis a 15 anos de prisão, somando também as demais violências que forem cometidas. O parlamentar adiantou que solicitará maior rapidez no processo de tramitação da proposição. “Isso quer dizer que, se ao atear fogo em um ônibus, o criminoso provoque a morte de alguém, as penas dos dois crimes, narcoterrorismo e homicídio, serão somadas. Felizmente, em Barra Mansa, ninguém ficou ferido. No entanto, a inconsequência desses bandidos poderia ter gerado impactos fatais. Precisamos adotar medidas que impeçam o caos e a barbárie causados por esses criminosos. O cidadão de bem não pode ser intimidado, nem o Estado Democrático de Direito pode ser ameaçado”,  frisou.

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