Delegado Furtado se coloca como pré-candidato a deputado federal

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SUL FLUMINENSE

“A minha ideia de ser pré-candidato a deputado federal é servir ainda mais a população”. Com essa frase o delegado da 101ª Delegacia de Policia (Pinheiral), Antônio Furtado se coloca na disputa deste ano. Segundo a legislação eleitoral, ele deve se afastar do seu cargo três meses antes do pleito, no mês de julho.  Furtado se filiou ao Partido Social Liberal (PSL), o mesmo do pré-candidato a presidente da República, Jair Bolsonaro.

Pela primeira vez disputará uma vaga na Câmara Federal. Sua primeira experiência política foi quando se candidatou a vice-prefeito, na chapa de América Tereza, em 2016. Há 25 anos é servidor público, já foi agente, servidor municipal, técnico judicial, oficial de Justiça, e no mês de maio completa dez anos como delegado de polícia. Ele contou que teve despertada a chama de estar na política no ano de 2015, quando era delegado de Volta Redonda e, ao ser anunciada sua saída, foi criado pela população o movimento “Fica Furtado”. “Tive essa vontade despertada quando vi chegar na delegacia mais de 500 pessoas pedindo para eu ficar. Foi uma grande homenagem, não a mim, mas a Polícia Civil. A mobilização não adiantou, fui transferido para Cachoeiras de Macacu e vislumbrei aí a vontade de buscar ajudar a população na carreira política”, lembrou Furtado.

O momento que vive o país é de descrédito com a classe política. Furtado vê aí a possibilidade de renovação. E faz um apelo para a sociedade. “Acho importante o eleitor não anular ou votar em branco porque se as pessoas desejam mudanças precisam escolher um candidato. A partir do momento em que se abstêm do pleito, passam, sem querer, a serem cúmplices da corrupção porque muitos que estão no mandato e são corruptos já contam com sua base de apoio estruturada. Peço que participem da eleição e, muito mais do que acreditarem em propostas, é importante verem quem são, a história de cada um”, disse o pré-candidato.

Antônio Furtado disse saber que não será fácil a campanha, quando o período legal for iniciado, principalmente pelo lado financeiro. Ele declarou que se forem analisados os gastos de campanha de deputados federais que conseguiram se eleger, a média foi de R$ 1 milhão. “Não tenho e também não quero ter da forma como muitos obtiveram, por acordos, situações claras de desvio de conduta”, cita.

APOIO AO BOLSONARO

Antônio Furtado contou o motivo de sua filiação ao PSL. Segundo ele, Jair Bolsonaro foi o único que apresentou uma pauta de valorização do policial, o que também reflete na sociedade. Furtado contou que o convite para entrar no partido partiu do deputado Flávio Bolsonaro, filho do pré-candidato a presidente. “O que me sensibilizou primeiro foi a bandeira deles voltada para a segurança pública. E é dessa forma que quero contribuir. Sou da área da segurança. Em dez anos nunca tive nenhuma anotação criminal, sou ficha limpa, e decidi caminhar ao lado deles”, destacou o delegado.

PROPOSTAS

Como pré-candidato a deputado federal apresentou algumas de suas propostas. “Acredito que a minha história será analisada e não apenas as prisões que conseguimos realizar, mas entendo que será considerado por todos a compreensão que tenho do serviço público na área da segurança, onde vejo como uma sensibilidade maior do meu trabalho em ajudar alguém em um momento desesperador”, contou Furtado, lembrando que desenvolve desde 2011 um projeto chamado “A Vida Vale Mais”, palestrando nas escolas contra o uso de entorpecente. “A educação e a segurança pública precisam andar de mãos dadas. Através da educação conseguimos formar jovens mais conscientes e afastá-los dos caminhos das drogas”, completou.  Furtado acredita que mais de 11 mil pessoas já tenham assistido suas palestras em diversas cidades do estado.

O pré-candidato pretende, se eleito, dar retaguarda jurídica aos profissionais da segurança pública; lutar pelos anseios dos professores que, para ele, fazem o que podem e muitas vezes não são reconhecidos. “O cuidado com a educação vai permitir que tenhamos adolescentes mais produtivos, com melhores oportunidades de emprego e que não ingressarão no crime. Não podemos deixar uma escola se tornar uma área de risco”, afirma.

 

 

 

 

 

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