Delegada da PF coloca fim a fake news e diz que Prefeitura de Resende não foi alvo de operação

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RESENDE
A delegada da Polícia Federal titular em Cruzeiro-SP, Luciana Gebrim, confirmou que a Prefeitura de Resende não foi um dos alvos da Operação Medcruz, desencadeada na semana passada para apurar desvios em contratos da área da saúde. Os contratos investigados, segundo a policial, foram todos firmados pela prefeitura da cidade do interior paulista. Luciana Gebrim se mostrou surpresa ao saber que a investigação estava sendo utilizada como instrumento de ataques políticos no Sul Fluminense. “Pode colocar aí: nem a Prefeitura de Resende e nem a saúde pública de Resende são alvos da operação. Sequer foram investigados, pois não há nada no âmbito da operação sobre isso”, disse a delegada.
A policial confirmou, no entanto, que um dos desdobramentos da operação ocorreu justamente em Resende, mas sem qualquer vínculo com a prefeitura local. Considerada “linha dura” e já conhecida nacionalmente por combater a corrupção política, Luciana Gebrim explicou como foi o braço da operação na região. “Em Resende, o alvo foi um dos sócios de uma empresa, que por sua vez foi subcontratada pela Organização Social que administra a saúde básica em Cruzeiro. Foi cumprido um mandado de busca e apreensão em Resende. A operação, repito, teve como alvo contratos celebrados pela Prefeitura de Cruzeiro, não de Resende. Nada com a Prefeitura de Resende”, frisou a delegada.
Uso político e indevido
No dia 21 de maio, a Polícia Federal, em conjunto com a Controladoria Geral a União, deflagrou a Operação Medcruz, voltada ao combate do desvio de verbas públicas do Sistema Único de Saúde (SUS) destinadas à Prefeitura de Cruzeiro, em São Paulo.
As ações policiais ocorreram ainda nas cidades de Piquete, Taubaté, Poá, Mogi das Cruzes e Suzano, todas no interior de São Paulo. E, como explicou a delegada, houve um mandado cumprido em Resende. A partir daí, uma onda de fake news começou a ser espalhada nas redes sociais, principalmente em grupos de discussões que têm como foco a maior cidade das Agulhas Negras.
As notícias falsas diziam que um dos alvos da Polícia Federal era a Prefeitura de Resende, o que foi desmentido agora pela delegada. Foi feita uma “montagem” sobre um texto divulgado pelo site da Polícia Federal para informar sobre a operação. Os propagadores das notícias falsas cortaram um pedaço do texto citando Resende e a partir daí juntaram suposições e ilações, que serviram ao propósito contrário do site da Polícia Federal: desinformar.

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