A exemplo do que aconteceu durante a semana, na sessão de quinta-feira, da Câmara de Vereadores de Volta Redonda, de quinta-feira, 16, o assunto mais discutido entre os vereadores foi o Decreto Municipal assinado pelo prefeito de Volta Redonda, Samuca Silva, no último dia 10, que resultou na cassação de dez linhas da Viação Sul Fluminense. E mesmo depois que o juiz da 4ª Vara Cível do município, Roberto Henrique dos Reis, concedeu liminar suspendendo o efeito do decreto, a preocupação dos vereadores é que essa decisão possa ser revertida a qualquer momento e que os cerca de 1,2 mil funcionários percam o empego. O prefeito garante irá usar de todos recursos necessários para que a decisão caia.
O presidente do Legislativo, vereador Edson Quinto, lembrou que a Casa estará acompanhando o caso e que a ideia é defender o emprego dos trabalhadores. Garantiu que a luta dos vereadores junto com os funcionários é em defesa do emprego e não a favor da empresa. Outros vereadores se pronunciaram durante a sessão, entre eles Whashington Granato. Ele também se defendeu lembrando que os parlamentares estão na luta para a manutenção do emprego dos trabalhadores e nada tem a ver em defender a empresa como alguns comentários que surgiram durante a semana.
REUNIÃO COM O PREFEITO É SUGERIDA
Granato fez questão de frisar que está há vários mandatos no Legislativo com o voto dos cidadãos de Volta Redonda e não precisa da empresa. Sugeriu que os vereadores membros da Comissão Especial de Transporte da Câmara se reúnam com o prefeito e tentem fazer com que ele pense e deixe a Sul Fluminense atuar para que esses trabalhadores não percam o emprego. “Não estamos dom lado da empresa, mas sim dos trabalhadores que podem ser prejudicados.
O vereador lembrou que o requerimento assinado pelos 21 vereadores e encaminhado ao prefeito na terça-feira, 14, solicitando que ele suspenda, por 90 dias, a cassação das linhas Viação Sul Fluminense e a cessão imediata de dez delas a outras três empresas, é legitimo e criado por lei.
Com o adiamento, permite-se fazer licitação das linhas, conforme prevê a lei, e assim garantir os direitos trabalhistas dos rodoviários.
Disse que quer discutir o caso com calma e responsabilidade. Lembrou que ele e, com certeza, os outros vereadores não estão fazendo política, mas sim tentando encontrar uma solução para que os rodoviários não percam o emprego. “A Comissão pode virar uma CPI. Por isso, aconselho os membros da Comissão se reunir com o prefeito e mostrar para ele que estamos defendendo os trabalhadores e não a empresa que deve se adequar para atender a população e a seus funcionários”, disse.
COMPRANDO BRIGA
O parlamentar ressaltou ainda que estão comprando uma briga com a pessoa errada. Granato criticou também o fato do prefeito criar um decreto onde o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros (SindPass), que representa as empresas de transporte coletivo, fique responsável por apresentar um plano de trabalho detalhando a forma como os novos prestadores de serviço vão atuar. Conforme o prefeito, o SindPass deverá apresentar esse plano para atuar nessas linhas, qual capacidade, o prazo e como será esse serviço. Destacou que isso não pode ser.
Vale lembrar que o decreto assinado pelo Chefe do Executivo no último dia 10, levou centenas de rodoviários ao plenário do Legislativo nas últimas sessões legislativas. De acordo com o decreto, a Sul Fluminense, que pé responsável por 31 linhas de ônibus em Volta Redonda, perderia dez delas a partir de terça-feira, 10. Só não aconteceu por interferência dos vereadores e em seguida depois que a Justiça concedeu liminar à empresa, suspendendo o efeito do decreto.
1 Comentário
Esse prefeito já passou dos limites,o mandato dele está acabando pra nunca mais voltar más eleitor vai permanecer indicando e votando em seus candidatos, não se esqueçam disso.
Nada como um dia após o outro.,.