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Danos físicos podem ser causados se ampolas desaparecidas da fábrica da INB forem danificadas

Por Cyntia Freitas
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A Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen) no Rio de Janeiro, informou na tarde desta quinta-feira, dia 17, que está acompanhando as ações das Indústrias Nucleares do Brasil (INB) sobre o desaparecimento de ampolas de urânio enriquecido da Fábrica de Combustível Nuclear (FCN), localizada no distrito de Engenheiro Passos, a cerca de 30 quilômetros do Centro.

Por meio da Assessoria de Imprensa, a Comissão de Energia Nuclear, disse ainda que a natureza e quantidade do hexafluoreto de urânio presente nas ampolas do tipo P10 não causa danos radiológicos ao ser humano. Porém, existe a possibilidade de os compostos presentes, provocarem danos físicos, como queimaduras e dermatites. “Podem ocorrer eventuais danos físicos localizados. Por exemplo, queimaduras químicas ou dermatite. Entretanto, a probabilidade de isso acontecer é muito baixa, devido à natureza e quantidade de material observadas”, informou.

A INB confirmou na tarde de quarta-feira, dia 16, por meio da Assessoria de Imprensa, que após uma transferência interna entre áreas de armazenamento na Fábrica de Combustível Nuclear, realizada em julho, foi detectada a ausência de dois tubos contendo amostras -testemunho de UF6 (hexafluoreto de urânio) enriquecido. Os recipientes contêm pequena quantidade do material utilizado na produção de combustível para Angra II. Com 8 cm de comprimento, cada tubo possui massa de aproximadamente 8 gramas de UF6 enriquecido. A empresa ressalta que, “em relação aos riscos radiológicos, a liberação do conteúdo, caso ocorra, não acarreta danos à saúde de um indivíduo”.


A INB informou que comunicou a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN). “As buscas foram iniciadas assim que foi detectada a ausência dos tubos, sendo realizadas no interior das áreas supervisionadas e controladas, escritórios e, principalmente, no trajeto percorrido para transferência dos recipientes, além de outras áreas da unidade”, disse a empresa, completando que como os tubos não foram localizados o Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI-PR) e a Polícia Federal foram comunicadas, além de ter sido aberto um processo administrativo.

CNEN ACOMPANHA AÇÕES

A Cnen disse que está acompanhando todo o procedimento junto a INB desde julho quando foi comunicada do desaparecimento das ampolas do tipo P10.  “A DRS\Cnen solicitou esclarecimentos e a apresentação de um plano de ação pela INB. As ações da INB foram e permanecem sendo acompanhadas pela Comissão. Inclusive foi realizada pela empresa uma terceira contagem, com a confirmação da ocorrência observada anteriormente”, destacou a Assessoria de Imprensa da Cnen.

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