VASSOURAS
Segue até o próximo dia 15, o curso ‘O sabor do marketing e das vendas na cozinha’ para mulheres vítimas de violência doméstica. O objetivo é empoderar e preparar as alunas para o mercado de trabalho ao ensinar receitas culinárias aliadas com estratégias de marketing, permitindo-lhes obter alternativa viável para se inserirem no mercado de trabalho. O curso é realizado pelo Centro Judiciário de Solução de Conflitos (Cejusc) de Vassouras.
A iniciativa é da coordenadora de extensão do Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ), campus Engenheiro Paulo de Frontin, Viviam Lacerda. A professora informou que as aulas representam um momento de troca de aprendizado e de reconhecimento de competências e de habilidades não só relacionadas à culinária, mas a outras esferas mercadológicas e do mundo do trabalho, como o artesanato, a estética, a educação.
“O objetivo é inserir as discentes ao universo do conhecimento por meio da capacitação e levar esperança por meio de aulas divertidas e muito dinâmicas, onde elas literalmente colocam a mão na massa”, informou, lembrando que as aulas ocorreram nos dias 17 e 25 de novembro, e 1º de dezembro. A última aula será dia 15 de dezembro, de 14 às 16 horas. “Ao final, o Instituto Federal do Rio de Janeiro entregará certificado de conclusão a cada uma das 20 alunas”, completou.
VÍTIMAS ECONOMICAMENTE DEPENDENTES
O juiz coordenador do Cejusc, Lauricio Miranda Cavalcante, declarou que a ideia é impactar as vítimas que são economicamente dependentes de seus agressores. “Enquanto titular do Juizado de Violência Doméstica da comarca, infelizmente vejo com frequência mulheres nesta situação tentando abonar os atos de seus agressores quando em audiência, muitas vezes contrariando de forma clara o resultado dos exames de corpo de delito existentes e de seus próprios depoimentos prestados em sede policial”, contou.
O juiz declarou ainda que, normalmente, as vítimas que apresentam esse comportamento relatam ser totalmente dependentes financeiramente de seus parceiros agressores, o que sugere ser este o motivo preponderante para se sujeitarem à violência rotineira que sofrem. “Assim, buscamos vítimas com essas características em específico, justamente para, com o curso, oferecer-lhes uma perspectiva de liberdade “, concluiu.