VOLTA REDONDA
A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) deu início a uma nova fase de estudos voltados ao aproveitamento sustentável do agregado siderúrgico produzido em Volta Redonda. Desta vez, o material será avaliado como corretivo agrícola na formação de cafeeiros, em uma pesquisa de campo desenvolvida em parceria com a Fundação Procafé, referência nacional em pesquisa aplicada à cafeicultura.
Os experimentos serão realizados em áreas controladas no município de Lajinha (MG) e têm como objetivo comparar o desempenho do agregado siderúrgico com corretivos tradicionais, como o calcário. Ao longo de 2,5 anos, serão analisados parâmetros como desenvolvimento das plantas, produtividade das lavouras e melhorias nas condições do solo. Os resultados parciais serão divulgados semestralmente, permitindo o acompanhamento técnico contínuo da pesquisa.
Produzido no Pátio da Brasilândia, em Volta Redonda, o agregado siderúrgico tem origem na escória da aciaria da CSN, que passa por processos de britagem, classificação granulométrica e estabilização. O material, antes tratado apenas como coproduto industrial, recebeu recentemente autorização do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) para uso em todo o território nacional como insumo para fertilizantes e corretivo de solo, após comprovação de sua segurança ambiental e eficiência na neutralização da acidez.
A parceria com a Fundação Procafé reforça o caráter técnico da iniciativa. A instituição atua há décadas no desenvolvimento de soluções para o setor cafeeiro e conta com pesquisadores de renome, como o engenheiro agrônomo Dr. José Braz Matiello, um dos principais especialistas em cafeicultura do país. Durante o estudo, serão realizadas análises periódicas de solo, folhas e produtividade, acompanhando o ciclo das plantas desde o plantio até as primeiras colheitas.
Além das pesquisas em Minas Gerais, a CSN também mantém cooperação técnica no Estado do Rio de Janeiro, por meio de parceria com a Pesagro-Rio. Os ensaios já em andamento avaliam o uso do agregado siderúrgico em solos característicos do território fluminense, com apoio da Secretaria Estadual de Agricultura.
