VOLTA REDONDA
A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) recebeu a licença ambiental para implantação de equipamentos para o cumprimento do Termo de Ajuste de Conduta (TAC), firmado há quatro anos. A informação foi dada pelo deputado Munir Neto (PSD) que se reuniu nesta terça-feira, 9, com o governador interino e secretário de Meio Ambiente, Tiago Pampolha.
O A VOZ DA CIDADE já tinha informado no dia 23 de janeiro que a CSN já tinha comprado os equipamentos de sinterização por parte da empresa dá o start ao cumprimento do acordo firmado com o Instituto Estadual do Ambiente (Inea). A CSN, em nota, na ocasião, confirmou a aquisição dos equipamentos que servirão para aprimorar o controle de emissões atmosféricas nas sinterizações.
“Nos encontramos com o governador interino para falar de importantes questões ambientais da Região Sul Fluminense e tivemos ótimas notícias que abrem perspectivas de uma progressiva e constante redução do nível de poluição em Volta Redonda e cidades adjacentes, causados pela Companhia Siderúrgica Nacional”, explicou Munir Neto, que participou da reunião acompanhado do assessor especial Deley Oliveira.
Outro assunto tratado na reunião com o vice-governador foi também a poluição provocada pela escória da CSN no bairro Volta Redonda. O deputado Munir Neto disse que uma ação para minimizar esse problema estaria em discussão. O parlamentar apontou que acompanhará esse assunto de perto.
Munir ainda disse que Volta Redonda ganhará mais uma Estação de Tratamento de Água (ETA). “Recebemos o aval do governo e vamos tocar esse projeto. E tem mais: A ETA vai melhorar a qualidade da água não só de Volta Redonda, mas também de Barra Mansa, Barra do Piraí e Pinheiral”, comemorou o deputado. E mais: a Secretaria do Meio Ambiente do Estado levará para a cidade vários projetos ambientais educativos voltados para crianças e jovens.
TAC AMBIENTAL
Sobre o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), Tiago Pampolha garantiu que o governo está acompanhando atentamente o cumprimento do acordo.
Os equipamentos, segundo informações, foram comprados por cerca de R$ 250 milhões. Eles são os mais caros do Plano de Ação proposto pelo Inea, que envolve investimentos no valor de R$ 303 milhões em adequações por parte da Usina. O TAC tem o objetivo de refletir na melhora da qualidade de vida dos moradores da região do Sul Fluminense.
Foi no mês de setembro de 2018 que após nove meses de análises de documentos, laudos, relatórios, dezenas de vistorias e debates, que foi concluída a elaboração do plano para adequação da UPV da CSN às normas ambientais exigidas para o meio ambiente.
Foi definido um conjunto de 35 ações, duas delas seriam responsáveis por resolver o problema das partículas de pó preto que, frequentemente, são lançadas na atmosfera pela siderúrgica. A instalação de equipamentos modernos de controle da emissão nas sinterizações (precipitadores eletroestáticos) e o enclausuramento das correias que transportam materiais particulados no interior da Usina irão impedir o lançamento das partículas do pó preto. O primeiro deles já foi confirmado, portanto, pela empresa, faltando agora esse enclausuramento das correias.
Desde 1994 foram assinados TACs entre a empresa e o órgão ambiental mais nenhum contemplava ações como essa voltada para melhoria da qualidade do ar para os moradores de Volta Redonda e arredores.
Em 2017 a CSN correu o risco de ter suas atividades paralisadas e foi exigido então o cumprimento e encerramento total do TAC, sob ameaça de interdição. Depois disso, o acordo com assinado.