VOLTA REDONDA
Além da preocupação com o vento forte e a chuva da tarde de quarta-feira, dia 16, a nuvem de pó preto da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) que tomou o céu da cidade e invadiu as residências, deixou a população preocupada. Na manhã desta quinta-feira, dia 17, a empresa divulgou nota sobre o caso. “Na tarde de ontem, 16 de outubro, uma tempestade atingiu a Região Sul Fluminense, precedida por fortes ventos. Em Volta Redonda, as rajadas chegaram a 100 km/h, conforme registrado pela estação meteorológica no bairro Vila Santa Cecília”, consta na nota completando que, o fenômeno causou a queda de árvores, deixou diversos pontos da cidade sem energia elétrica e varreu ruas em várias áreas do município.
Na nota, a empresa informou que Usina Presidente Vargas, da CSN, também foi afetada, resultando na dispersão de matéria-prima estocada em diferentes locais da usina. Continua a nota:”embora o evento tenha durado pouco tempo, as grandes dimensões da usina amplificaram o impacto visual das imagens geradas. É importante ressaltar que essas imagens não representam emissões atmosféricas, mas sim os efeitos do fenômeno climático sobre a matéria-prima”.
Ainda de acordo com a nota, a CSN tem intensificado o uso de polímeros em seus pátios de matéria-prima para evitar a dispersão de material, além de reforçar a limpeza de suas áreas e equipamentos, utilizando técnicas de rapel industrial, canhões de névoa, entre outras. No entanto, o fenômeno climático de ontem, somado a um longo período de estiagem, resultou em uma dispersão de material que foi impossível de ser controlada. Em relação à qualidade do ar, que monitora partículas inaláveis invisíveis, que podem prejudicar a saúde da população, ela se manteve boa durante todo o período, apesar do impacto visual do evento.
Inea-RJ fiscaliza CSN e anuncia parceria com universidade para analisar amostras coletadas
O Instituto Estadual do Ambiente (Inea) do Rio de Janeiro divulgou na manhã desta quinta-feira, dia 17, uma nota oficial sobre o vendaval e a forte chuva que atingiram Volta Redonda na tarde de quarta-feira (16), espalhando poeira pelo município. O posicionamento do Inea veio após uma reunião do deputado estadual Munir Neto e do secretário municipal de Meio Ambiente de Volta Redonda, Anderson Silva, com o secretário estadual de Meio Ambiente, Bernardo Rossi, realizada na tarde de quarta-feira, a pedido do prefeito de Volta Redonda, Antonio Francisco Neto.
Durante o encontro, Munir e Anderson cobraram do Inea agilidade na questão da fiscalização da poluição da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) em Volta Redonda.
A nota divulgada pelo Instituto Estadual do Ambiente:
O Instituto Estadual do Ambiente (Inea) informa que acompanha, junto à Prefeitura Municipal e à CSN, a condição do ar em Volta Redonda desde ontem (16/10). Uma equipe de fiscalização esteve no local e o Inea adotará as medidas necessárias e cabíveis à situação.
Desde agosto deste ano, seguindo as regras do Decreto Estadual Nº 48.668, o Inea acompanha a qualidade do ar da cidade, por meio do Programa Estadual de Monitoramento de Partículas Sedimentáveis, conhecido como “pó preto”. Cada ciclo de coleta de amostras dura 30 dias, e as análises são feitas em parceria com o laboratório de Química Atmosférica da PUC-Rio.