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CSN confirma compra de equipamentos de sinterização que é o início do cumprimento do TAC

Por Carol Macedo
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VOLTA REDONDA

Após quatro anos do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) entre a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) e Instituto Estadual do Ambiente (Inea) ser firmado, a compra de equipamentos de sinterização por parte da empresa dá o start ao cumprimento do acordo. A CSN, em nota, confirmou a aquisição dos equipamentos que servirão para aprimorar o controle de emissões atmosféricas nas sinterizações. “Os equipamentos serão instalados conforme o cronograma acertado com os fornecedores e dentro do prazo previsto no acordo firmado com os órgãos ambientais”, diz a nota enviada pela assessoria de imprensa da siderúrgica.

Esses equipamentos são os mais caros do Plano de Ação proposto pelo Inea, que envolve investimentos no valor de R$ 303 milhões em adequações por parte da Usina. O TAC tem o objetivo de refletir na melhora da qualidade de vida dos moradores da região do Sul Fluminense.

A compra dos equipamentos, embora não confirmada pela empresa, segundo informações, custou entre R$ 200 a R$ 250 milhões. Uma empresa de São Paulo foi a fornecedora. Procurada pela equipe de reportagem, informou que dados sobre os equipamentos deveriam ser questionados com a CSN. O A VOZ DA CIDADE solicitou informações da CSN, se os equipamentos estavam sendo instalados, quantos seriam e qual o prazo para que entrassem em funcionamento. Não houve uma confirmação oficial, mas fontes do jornal informaram que eles ainda não estão na empresa e que o prazo para entrarem em funcionamento seria ainda neste ano.

A empresa foi questionada se existe um plano definido para o cumprimento total do TAC, pois tem até 2024 para colocar em prática todos os itens do acordo. Não foi informado.

Em nota, a Prefeitura de Volta Redonda destacou que foi informada sobre a compra dos equipamentos no final do ano passado e está sempre em contato com a direção da empresa para acompanhar o início dos trabalhos no interior da Usina Presidente Vargas. “A direção da CSN já tinha sinalizado com a compra dos equipamentos em julho de 2022, quando a prefeitura enviou uma equipe para vistoriar a Usina Presidente Vargas. Desta forma, um dos itens mais importantes do TAC começa a se tornar realidade, com impactos positivos para melhora na qualidade do ar em Volta Redonda”, disse a prefeitura.

Essa sinalização mencionada pela prefeitura aconteceu durante uma vistoria realizada no mês de julho pelo Poder Público dentro da CSN. A direção fez um acordo para a adoção de seis medidas emergenciais para reduzir os efeitos da poluição atmosférica. No mesmo mês a prefeitura retornou e verificou que as primeiras ações já tinham sido tomadas.


O setor de sinterização, por exemplo, já tinha passado a contar com duas máquinas varredeiras rodando pelo pátio durante todo o tempo de produção, bem como houve aumento no contingente de pessoal atuando nas vias, pátios, estruturas e equipamentos das sinterizações e áreas adjacentes. Outras ações foram tomadas para impedir que o vento levasse o material particulado para fora da usina.

Nesse mesmo mês, o prefeito Antonio Francisco Neto já comemorava a informação que a CSN estava se movimentando para comprar os equipamentos necessários para o cumprimento do TAC.

TAC ENTRE CSN E INEA

Foi no mês de setembro de 2018 que após nove meses de análises de documentos, laudos, relatórios, dezenas de vistorias e debates, que foi concluída a elaboração do plano para adequação da UPV da CSN às normas ambientais exigidas para o meio ambiente.

Foi definido um conjunto de 35 ações, duas delas seriam responsáveis por resolver o problema das partículas de pó preto que, frequentemente, são lançadas na atmosfera pela siderúrgica. A instalação de equipamentos modernos de controle da emissão nas sinterizações (precipitadores eletroestáticos) e o enclausuramento das correias que transportam materiais particulados no interior da Usina irão impedir o lançamento das partículas do pó preto. O primeiro deles já foi confirmado, portanto, pela empresa, faltando agora esse enclausuramento das correias.

Desde 1994 foram assinados TACs entre a empresa e o órgão ambiental mais nenhum contemplava ações como essa voltada para melhoria da qualidade do ar para os moradores de Volta Redonda e arredores.

Em 2017 a CSN correu o risco de ter suas atividades paralisadas e foi exigido então o cumprimento e encerramento total do TAC, sob ameaça de interdição. Depois disso, o acordo com assinado.

 

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