Crimes apresentam queda e apreensões de fuzil batem recorde no Estado do Rio de Janeiro

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RIO / SUL FLUMINENSE

Durante a semana, estatísticas divulgadas pelo Instituto de Segurança Pública (ISP) trazem uma boa perspectiva para o Governo do Estado do Rio de Janeiro e para a população. Nos oito primeiros meses deste ano, houve uma queda no número de crimes como: homicídios dolosos, letalidade violenta, latrocínio, roubo, entre outros. Além disso, o número de apreensões de fuzis em todo o estado teve um aumento significativo. O conteúdo especial do A VOZ DA CIDADE hoje apresenta essas estatísticas divulgadas pelo ISP, acompanhada por uma consulta sobre como o fato transcorreu em algumas das principais cidades da região Sul Fluminense.

HOMICÍDIOS DOLOSOS

Os homicídios dolosos (quando a pessoa mata a outra sem intenção) apresentaram queda de 21%, com 744 mortes a menos nos primeiros oito meses do ano. No acumulado desde janeiro, foram registradas 2.717 vítimas, o menor número para o período desde 2013. Em agosto, a redução do índice foi de 12%, com 318 vítimas, o menor valor para o mês desde 2013. Este também foi o segundo menor número de vítimas no ano.

Angra dos Reis e Volta Redonda estão no topo da lista. Na primeira cidade foram 61 ocorrências e na segunda, 60 homicídios dolosos foram registrados; em Barra Mansa e Barra do Piraí 20, em cada cidade; Resende 19; Paraty, 11; Paraíba do Sul, nove; Itatiaia e Miguel Pereira seis mortes, em cada; Rio Claro cinco; Piraí e Valença três, também em cada e Vassouras, Paraíba do Sul, Paracambi, Pinheiral e Porto Real dois casos em cada uma das cidades citadas. Não houve registro em Rio das Flores, Engenheiro Paulo de Frontin e Mendes. No total, aqui na região, foram registrados 231 homicídios dolosos.

LETALIDADE VIOLENTA

A letalidade violenta (homicídio doloso, roubo seguido de morte, lesão corporal seguida de morte e morte por intervenção de agente do Estado) também diminuiu em agosto: 11% em relação ao mesmo mês de 2018 e 4%, quando comparado com julho deste ano. Já no acumulado do 2019, houve uma queda de 13%, com 4.074 mortes registradas, ou 625 vítimas a menos em comparação ao ano anterior.

LATROCÍNIO

O crime de latrocínio (roubo seguido de morte) apresentou o menor número de vítimas para o mês de agosto desde 1991: seis. Na soma de homicídio doloso, latrocínio e lesão corporal seguida de morte nos oito primeiros meses do ano, foi registrada uma redução de 789 mortes no estado, quando comparado com o mesmo período do ano passado. As mortes por intervenção de agente do Estado apresentaram queda de 3%, em relação a agosto do ano passado. Quando comparado com o mês de julho deste ano, a diminuição foi de 12%.

Na região Sul Fluminense, durante os oito meses da pesquisa, seis casos foram registrados, sendo três deles em Resende, um em Mangaratiba e o outro em Angra dos Reis.

ROUBO DE CARGA REGISTRA O MENOR NÚMERO EM 11 MESES

Agosto teve ainda o menor número de roubo de cargas dos últimos 11 meses: 587 ocorrências, representando uma queda de 13% em relação ao mesmo mês do ano passado. Na comparação com o mês de julho de 2019, o recuo foi de 15%.

Os crimes contra o patrimônio continuam atingindo resultados positivos este ano. Em agosto, os roubos de veículos registraram queda de 19% em relação ao mesmo mês de 2018. Em comparação a julho de 2019, a diminuição foi de 1%. Já os roubos de rua (roubo a transeunte, roubo em coletivo e roubo de aparelho celular), recuaram 8% em agosto e, em relação a julho de 2019, 2%. O número de ocorrências registradas em agosto para os roubos de rua foi o segundo menor do ano.

APREENSÃO DE FUZIS BATE RECORDE

Até agosto, as polícias Civil e Militar apreenderam 5.941 armas de fogo no estado este ano, ou seja, foi retirada das ruas, em média, uma arma de fogo por hora. No mesmo período, foram apreendidos 396 fuzis, cerca de dois por dia. A apreensão de fuzis dos oito primeiros meses deste ano é a maior para o período dos últimos 12 anos.

COMPARAÇÃO TRIMESTRAL POR ÁREA INTEGRADA DE SEGURANÇA PÚBLICA

Na comparação entre junho e agosto de 2019 com o mesmo período de 2018, quatro Áreas Integradas de Segurança Pública (AISPs) tiveram resultados importantes: o município de São Gonçalo (AISP 7) apresentou o maior recuo em roubo de rua e roubo de veículo, a segunda maior redução em roubo de carga e a terceira maior queda em homicídio doloso. Na capital, a AISP 16 (Olaria e adjacências) registrou a maior diminuição em roubo de carga e a terceira maior em morte por intervenção de agente do Estado e a AISP 14 (Bangu e adjacências) foi a região com a terceira maior redução em roubo de veículo.

Na Baixada Fluminense, a área da AISP 24 (Queimados e adjacências) teve o maior recuo nos homicídios dolosos. E no interior, a AISP 33 (Angra dos Reis e adjacências) apresentou a segunda maior queda nos homicídios dolosos.

RIO DAS FLORES CONTINUA SENDO O MUNICÍPIO DA REGIÃO COM MENOR NÚMERO DE OCORRÊNCIA

Após o novo levantamento apresentado pelo ISP, o A VOZ DA CIDADE que em maio de 2018 já havia feito uma reportagem sobre os baixos índices de criminalidade em Rio das Flores, sendo um dos mais baixos não só da região Sul Fluminense, mas do Estado do Rio de Janeiro, conversou com o delegado titular da 92ª Delegacia de Polícia (DP), Luciano Coelho dos Santos.

“Acho que os fatores são população pequena e pacata, presença e atuação das polícias, grande área da zona rural, atuação do Estado e Prefeitura nas áreas da saúde, educação, saneamento básico, etc. Minha impressão”, disse o policial civil.

No levantamento do ISP, a cidade é quase zero em todos os requisitos. Mas, o que será que acontece e quando há ocorrência no município? O delegado Luciano Coelho explicou que os registros de ocorrências em Rio das Flores não chegam a 300 no ano. “Em sua maioria, os casos mais recorrentes são referentes a violência doméstica e estupro”, disse o delegado.

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