Crianças com TDAH e o seu potencial para os esportes

Por Carol Macedo

O TDAH – Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade afeta em torno de 5% a 8% da população mundial. Estima-se que 70% das crianças com o transtorno apresentam outra comorbidade e pelo menos 10% apresentam três ou mais comorbidades.

Nos atendimentos, quando vou traçar o plano de tratamento de uma criança, também penso em atividades que sejam motivadoras e prazerosas para elas e que potencializem habilidades, assim faze parte do plano de tratamento indicar atividades esportivas.

Crianças com TDAH podem se beneficiar das atividades esportivas para melhorar a performance cognitiva pois, a realização de esportes traz uma melhora na função cognitiva ajudando no controle de tempo, na organização de tarefas e na concentração através da liberação de energia retida no corpo, o que contribui para o controle da hiperatividade. Isso, porém, não substitui as intervenções terapêuticas e medicamentosas que são a base do tratamento.

Recentemente nas olimpíadas de Paris, diversos atletas falaram nos meios de comunicação que têm TDAH, como a ginasta Simone Biles. Outros casos também já divulgados como o nadador Michael Phelps, o jogador Michael Jordan e o corredor Usain Bolt. Todos falaram sobre sua condição e a importância do tratamento e do incentivo da família.

Quantas vezes você já deve ter pensado:

Este menino tem muita energia!! Não para!!

Ela não para de falar!!

A hiperatividade é um alerta e pode levar as famílias a entender o desenvolvimento e direcionar melhor a vida dos pequenos inclusive aproveitando potenciais como agilidade motora, capacidade de criar estratégias e criatividade e canalizando isto em atividades que permitem juntar aos benefícios fisiológicos dos exercícios físicos, melhorar os  aspectos de interação social, o que pode auxiliar no desenvolvimento de habilidades cognitivas que promoverão autocontrole, auto-organização, concentração da atenção e resistência à frustração

Portanto, é muito importante olhar para o potencial de nossas crianças e jovens e direcionar melhor, inclusive as atividades esportivas dentro do que eles apresentam como habilidades.

Marcele Campos – Psicóloga Especialista em Neuropsicologia (Avaliação e Reabilitação) e Análise do Comportamento Aplicada ao Autismo, Atrasos de Desenvolvimento Intelectual e Linguagem. Trabalha há mais de 28 anos com crianças e adolescentes. Proprietária da Clínica Neurodesenvolver –

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