Cresce a procura por massoterapia como aliada ao tratamento de doenças crônicas

Por Carol Macedo

BARRA MANSA

No mês em que se celebra o Dia Mundial de Conscientização da Fibromialgia (12 de maio), profissionais que atuam na área de massoterapia explicam como as massagens podem ser uma grande aliada contra a dor e o tratamento da doença, uma síndrome que se caracteriza por dores musculares generalizadas e crônicas, que podem durar mais de três meses, sem apresentar, no entanto, evidências de inflamação nos locais doloridos. O professor de massoterapia, Daniel Henrique Silva Gonçalves, de 38 anos, destaca que nos últimos anos ele viu a procura por esse tipo de tratamento, assim como o interesse na qualificação do procedimento crescerem cerca de 60%.

“Passamos por um período onde as pessoas começaram a identificar que o uso em excesso de medicação alopática é mais prejudicial que benéfico e, com isso, a busca por terapias integrativas tem sido mais bem vista e aceita, principalmente em casos de fibromialgia e ansiedade. Buscam a qualificação para aplicar as massagens muitos estudantes de fisioterapia e educação física que querem aprimorar seus conhecimentos”, ressaltou o professor, que na última sexta-feira, dia 10, aplicou para seus alunos uma Imersão em Tratamento de Dores com ênfase em Fibromialgia.

Conforme explica Daniel, existe uma diferença entre a massagem relaxante muscular, que é aplicada em pessoas que não possuem dores ligadas a alguma causa física específica e serve para aliviar tensões causadas por estresse e agitação. Já a massagem terapêutica é aplicada com manobras diferentes, mais específica para tratar o foco da dor.

O massoterapeuta Rodrigo Dione Ribeiro, de 38 anos, participou da imersão voltada para os tratamentos de dores e fibromialgia e disse que hoje cerca de 40% dos seus pacientes são para tratamento da doença, além dos que buscam ajuda para o alívio de dores físicas e emocionais. Além da busca de novos conhecimentos, Rodrigo ressalta que participou da imersão com o objetivo de oferecer o melhor atendimento para seus clientes. “Eu escolhi esta profissão para que eu pudesse ajudar as pessoas, proporcionando também qualidade de vida. A procura pela qualidade de vida, saúde e bem-estar estão em crescente aumento, e neste mês de maio em especial temos a conscientização sobre a fibromialgia. Este tipo de diagnóstico merece uma atenção maior pelo fato de estar também associada aos quadros de depressão, estresse, ansiedade, insônia, dores crônicas, dentre outros sintomas que eu já trabalho dentro da área da massoterapia”, disse.

Experiência de muito tempo em hospital

A massoterapeuta de 36 anos, Nattani Fonseca, que é técnica de enfermagem e estudante de fisioterapia, por muitos anos trabalhou em hospitais e acompanhou a procura por esse tipo de tratamento. Há dois anos ela se especializou e está trabalhando na área que, conforme ressalta, como tratamento alternativo está tendo um aumento muito significativo.  Ela, que atende em um espaço no próprio bairro, diz que as sessões podem variar de R$ 80 a R$ 280 e que geralmente as indicações partem das experiências dos próprios clientes.

“Poucos ainda procuram por indicação médica, geralmente a indicação é de outro paciente e eles fazem a massagem com o intervalo de 15 dias. O benefício é grande, principalmente para quem tem dores nos músculos, nas articulações, na coluna, enxaquecas, bursite, artrites e artroses e a fibromialgia que é uma dor muscular generalizada”, disse.

A massagem pode ser uma grande aliada contra a dor?

Pesquisas reforçam que a massagem pode ser uma grande aliada contra a dor, inclusive em pessoas com câncer e distúrbios autoimunes. A prática também pode ser muito benéfica para aqueles que têm condições de dor crônica, como a fibromialgia. Cientistas revelam que massagem pode ajudar a reduzir os níveis circulantes de hormônios relacionados ao estresse, como o cortisol, no organismo. Um estudo de 2010, realizado pelo Centro Médico Cedars-Sinai, em Los Angeles, descobriu que uma única massagem de 45 minutos pode reduzir significativamente os níveis do hormônio arginina vasopressina. Ele é o responsável por contrair os vasos sanguíneos e induz a pressão alta.

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