Covid-19 altera rotina de empresas e incentiva o home office

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SUL FLUMINENSE

A pandemia do Coronavírus mobiliza diversos setores da economia e também gera novos hábitos na rotina de trabalho. O Ministério da Saúde lançou um Plano de Contingência Nacional para a Infecção Humana pelo vírus e uma das medidas básicas e fundamental é manter a higiene das mãos. Nesta semana a Firjan Sesi divulgou conteúdo preparado pela sua equipe médica, embasada nas determinações do Ministério da Saúde, visando o combate ao Covid-19 em ambiente de trabalho.

Todas as empresas devem conter sabonete nos banheiros e disponibilizar álcool gel nos ambientes dos funcionários; é preciso ampliar com rigor a limpeza de áreas comuns, como refeitórios e banheiros; intensificar a higienização de maçanetas, corrimãos, pias e demais superfícies de contato frequente. Importante usar água e sabão, álcool a 70%, ou algum produto de limpeza. Só tirar o pó não é suficiente.

As orientações seguem sobre os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), que devem ser higienizados diariamente. Os equipamentos em mau estado devem ser substituídos pela empresa. É preciso estimular a equipe de trabalho a se vacinar contra sarampo e gripe comum, cuja campanha começa em 23 de março; adiar viagens a negócios a países mais afetados como China e Itália. Se possível, substituir as reuniões presenciais pelas videoconferência; disseminar orientações sobre higiene e prevenção entre os funcionários e aqueles que tem suspeita de contaminação pelo coronavírus devem procurar uma unidade de saúde.

Se recomendado pelo médico, o funcionário em investigação de contaminação pelo vírus deve ficar em casa até a confirmação do diagnóstico. Segundo a Lei 13.979/2020, publicada em fevereiro deste ano, a empresa deve considerar como falta justificada, sem qualquer prejuízo ao trabalhador. Por fim, todas as empresas devem combater a desinformação para evitar o pânico.

De forma global, para prevenir o Covid-19 seja em casa ou no trabalho, é preciso lavar as mãos com água e sabão com muita frequência; utilizar lenço descartável para higiene nasal; cobrir o nariz e a boca com lenço descartável ou com o antebraço ao espirrar e tossir; evite tocar olhos, nariz e boca sem que as suas mãos estejam limpas. Os sintomas da doença são febre, coriza, dor de garganta, espirro e tosse. “A Firjan Sesi trabalha para ser um parceiro efetivo na estratégia das empresas para gestão dos riscos, vida segura e saudável, e eficiência operacional. No estado do Rio, são 556 mil empregados da indústria e cerca de 1,5 milhão de dependentes. Nossos profissionais de saúde estão atualizados em relação às medidas preventivas e aos protocolos relativos ao coronavírus”, informa a Firjan.

HOME OFFICE

Além dos cuidados pessoais, uma alternativa para evitar a concentração de profissionais em ambiente de trabalho é as empresas incentivarem o Home Office. Assim, o empregado desempenha da própria residência ou espaço alternativo, as tarefas que faria no escritório. “É uma importante alternativa para empresas que possuem atividade pela internet, por exemplo. Ao invés de reunir 20, 30 trabalhadores no mesmo ambiente nessa pandemia de coronavírus”, comenta Raquel Nogueira, assistente de Recursos Humanos.

Segundo dados do IBGE, em 2018 o Brasil tinha 5,2% dos trabalhadores ou 3,8 milhões de pessoas ocupadas em regime de home office. A medida é adotada temporariamente em diversas empresas no país e exterior, como Google, Amazon, BNDES, Microsoft, LinkedIn e XP Investimentos.

No Judiciário, por exemplo, o Superior Tribunal de Justiça autorizou que os seus servidores que regressaram de viagem a localidades onde o surto de coronavírus foi reconhecido devem trabalhar a distância por 15 dias. “Será uma tendência por este período em diversas empresas, sem dúvida. É

fundamental que patrões e empregados negociem e formalizem acordo, caso ocorra, a fim de evitar perdas e aborrecimentos”, comenta o advogado Sebastião Costa.

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