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Corte de verba do Programa Farmácia Popular preocupa usuários de Volta Redonda

Por Tânia Cruz
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VOLTA REDONDA
Pessoas que dependem do Programa Farmácia Popular, do Governo Federal, já temem pela falta de medicamentos. Contando com uma rede própria de unidades para atender a população, o programa sofreu mudanças ao longo do tempo. Sendo assim, passou a funcionar integrado às farmácias particulares e drogarias comerciais das cidades de todo o País. Com isso, os pacientes ganharam mais opções para obter os medicamentos. Com a informação recente de que o Governo Federal iria cortar cerca de 60% da verba do programa para abastecer orçamento secreto, os medicamentos oferecidos aos pacientes podem faltar. A preocupação se estende e já chega aos municípios da região.
Em Barra Mansa e Volta Redonda, como em todo o País, a preocupação é grande. Apesar de que a previsão é que o corte só começará a levar risco aos usuários do programa a partir de 2023, a tensão já é visível entre essas pessoas. Sem condições de arcar com os gastos de medicamentos, grande parte dos pacientes não sabe o que irá fazer quando começar a faltar. O programa dispõe de 13 tipos de remédios para doenças como hipertensão, diabetes, asma entre outras.
NÃO SÃO SOMENTE PACIENTES DO SUS
É importante ressaltar que não somente os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) contam com os benefícios desse programa que oferece medicamentos gratuitos e outros a preço baixo. Brasileiros que foram atendidos na rede particular de Saúde também podem adquirir os remédios gratuitos ou com desconto nas farmácias que atendem pelo programa. O estabelecimento que participa do Farmácia Popular, é identificado por um banner vermelho com a inscrição “Aqui Tem Farmácia Popular”.
Conforme foi reportado recentemente pelo Jornal o Estado de São Paulo, a proposta de Orçamento para 2023 que o governo de Jair Bolsonaro (PL) encaminhou ao Congresso Nacional propôs um corte de 59% nas despesas do programa Farmácia Popular, e de 50,7% no Mais Médicos, o que pode inviabilizar a distribuição gratuita de medicamentos aos mais pobres e o atendimento médico em regiões mais distantes do país.
USUÁRIOS PREOCUPADOS
A dona de casa Amélia Alves de Assis, de 62 anos, é uma das usuárias do programa que está preocupada. Contou que faz uso dos medicamentos de hipertensão e colesterol e que ficou preocupada com essa notícia. “Eu sou aposentada com um salário mínimo apenas e não posso comprar. Além disso, tomo conta de uma neta desde que minha filha faleceu. É mais um gasto e agora com essa notícia do corte de verba para os medicamentos fiquei mais preocupada. É tão pouco para esses políticos, mas para a gente que não tem é muito. Não sei como vou fazer se meus medicamentos faltarem”, lamentou a mulher.
Outro que teme pela falta dos medicamentos no programa é o aposentado Osvaldo de Souza, 65 anos. Disse que é diabético e hipertenso e como não pode arcar com mais um gasto, lamenta pela situação. “A cada dia que passa é uma perda para nós que eles anunciam. Só que para eles é cada vez mais. Ninguém merece isso”, criticou o homem, que como outros usuários do programa, informaram que alguns medicamentos já estão em falta nas farmácias das cidades da região, principalmente os para diabéticos.


COMO RETIRAR MEDICAMENTOS
Para ser beneficiado pelo programa pela Farmácia Popular, as pessoas devem apresentar documentação oficial com foto, Número do CPF ou documento que apresente o número, além da receita médica válida. Para a maioria dos medicamentos, a receita médica, laudo ou prescrição deve ter validade de 180 dias, contando a partir da data da consulta do paciente.
É importante lembrar que, para ser válida, a receita deve conter identificação e nome do médico, CRM e assinatura do médico, endereço do estabelecimento de Saúde, data da prescrição, nome e endereço do paciente. Não é necessário deixar a receita médica original na farmácia ou drogaria. O estabelecimento deve providenciar uma cópia para controle interno, enquanto a original fica em poder do usuário. Já para a retirada de anticoncepcionais, é preciso apresentar apenas uma receita com validade de até 365 dias.
No caso em que o paciente é menor de idade, é necessário que a mãe ou o pai faça a retirada fornecendo o CPF do filho. Caso o menor não tenha o documento, é possível adquirir o medicamento com o CPF da mãe ou do pai. Mesmo assim, é recomendado providenciar o documento do dependente, uma vez que há um limite mensal para conseguir os remédios sem o CPF do menor. Em relação aos pacientes acamados ou que apresentem dificuldade de assinar a autorização para retirar os medicamentos, é preciso que alguém da família tenha uma procuração particular ou procure o sistema judiciário para conseguir a liberação dos itens. Vale lembrar que a Certidão de casamento, declaração do paciente e procuração sem firma reconhecida não são documentos válidos para obter os remédios no Programa Farmácia Popular.
Os remédios oferecidos pelo programa Farmácia Popular são para hipertensão, diabetes, dislipidemia (colesterol alto), asma, rinite, Parkinson e osteoporose, a cada 30 dias, além de remédios para glaucoma, a cada 25 dias, fraldas geriátricas, 40 unidades a cada 10 dias. Entre os medicamentos gratuitos que constam na lista do programa estão os de pressão alta, Captopril 25mg, Maleato de enalapril 10mg, Cloridrato de propranolol 40mg, Atenolol 25mg, Hidroclorotiazida 25mg e Losartana Potássica 50 mg, como os para diabetes Glibenclamida, 5mg, Cloridrato de metformina, 500mg, Cloridrato de metformina, 850mg, Cloridrato de metformina 500 mg, ação prolongada, Insulina Humana NPH 100UI/mL e Insulina Humana Regular 100Ul/mL

 

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