Correios mantém estado de greve durante negociação do ACT

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SUL FLUMINENSE

Os funcionários dos Correios rejeitaram a proposta da Empresa de Correios e Telégrafos (ECT) para o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2019/1020 e permanecem em estado de greve. No dia 30 de julho a direção dos Correios apresentou sua proposta oficial aos representantes dos trabalhadores, que consiste no reajuste de 0,8% nos salários e benefícios econômicos.

Segundo o Sindicato dos Trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios Telégrafos e Similares do Rio de Janeiro (Sintect/RJ), também manteve os ataques aos direitos da categoria antes apresentados, com a exclusão/alteração de 45 cláusulas do atual acordo vigente e aumento da coparticipação de 30% para 40%, que são de caráter unicamente retrógrado e de supressão de direitos, que geraram grande discussão e repercussão e já foram recusadas pelos trabalhadores nas assembleias realizadas em todo país.

Ainda na terça-feira, em reunião entre as duas federações da categoria e o Tribunal Superior do Trabalho (TST), o vice-presidente do TST, ministro Renato de Lacerda Paiva, prometera apresentar uma proposta conciliatória para o convênio médico na audiência de mediação realizada dia 31 de julho. A situação é que a categoria aguarda a possibilidade de além dos tópicos referentes ao plano de saúde, obtenham melhorias no ACT 2019/2020.

A assembleia aconteceu no início da semana e desde então persiste o estado de greve

No estado de greve os funcionários seguem nos postos de trabalho, sem reduzir serviços e atendimento aos usuários dos Correios. De acordo com Esmeralci Silva, o diretor do Sintect/RJ na Região Sul Fluminense, as negociações seguem e impedem a deflagração oficial da greve. “A greve abrangeria a região sim, por conta de ser uma decisão a nível nacional. Mas, ocorre que, por ora, esta afastada essa possibilidade até o fim de agosto. Vamos seguir a negociação por conta de uma reunião que tivemos com o TST, e vamos seguir buscando solução o mais rápido possível, sobre esse Acordo Coletivo”, explicou.

Na audiência, o vice-presidente do TST propôs às partes a prorrogação do acordo coletivo até 31 de agosto de 2019; manutenção do plano de saúde para os pais para atendimento de urgência e emergência até 31 de agosto de 2019; suspensão de qualquer ato grevista até 31 de agosto de 2019.

Disse ainda que, nesse período, o TST intermediará a questão do plano de saúde dos pais, do plano de saúde da categoria e das questões das cláusulas econômicas e sociais do ACT 2019-2020.

Frente à situação configurada, o Sintect/RJ e Federação Interestadual dos Sindicatos dos Trabalhadores e Trabalhadoras dos Correios (Findect) defenderam as seguintes posições, aprovadas nas assembleias pelos trabalhadores e trabalhadoras: rejeitar a proposta apresentada pela direção da empresa em que consiste na retirada de direitos e reajuste de 0,8% nos salários e benefícios; aprovar o estado de greve; ampliar as mobilizações, atos e intensificar as reuniões de esclarecimentos nas unidades; dar prosseguimento ao processo de negociação do ACT 2019/2020 até o dia 31 de agosto.

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