Coronavírus é mais leve em crianças, mas cuidados não podem ser afrouxados

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SUL FLUMINENSE

O novo coronavírus, Covid-19, tem crescido no mundo inteiro. São considerados casos suspeitos as pessoas que apresentam febre, quadro respiratório agudo (com ou sem febre), tosse ou falta de ar. Não há ainda tratamento específico, mas há alguns medicamentos em testes. Não se sabe exatamente o motivo, mas a doença é mais leve em crianças. Elas têm aparecido nas estatísticas de casos confirmados na região.

Em Barra Mansa, foi registrado um caso positivo de uma criança de um ano de idade. Em Volta Redonda foram seis crianças com idades de até sete anos, e Resende confirma uma criança de nove anos.

De acordo com o pediatra e intensivista neonatal e pediátrico, Flávio Barros, apesar dos baixos números de casos, no entanto, não é possível concluir que as crianças estejam protegidas, portanto é importante seguir as medidas de prevenção recomendadas para as infecções respiratórias. “As crianças são tão propensas a se infectarem quanto os adultos, mas apresentam menos sintomas ou riscos de desenvolverem doença grave, a não ser que tenham condições médicas pré-existentes como deficiência imunológica e problemas respiratórios crônicos, a exemplo da asma. Ainda está em estudo, mas há uma suspeita que a imaturidade do sistema imunológico seja uma proteção nesse caso”, destaca o pediatra.

O intensivista chama atenção para um dado importante: As crianças tendem a desenvolver a Covid-19 de forma assintomática.  “Quando os sintomas são mais fortes, a transmissão é facilitada, já que o vírus fica no trato respiratório e a tosse tende a espalhá-lo pelo ambiente. Por isso, neste momento, é importante reforçar as medidas de prevenção. Como não testamos em massa a população, as crianças são subnotificadas, mas os riscos de contágio são iguais. Só não desenvolvem e, por ser uma doença nova, não temos respostas para tudo e as coisas estão sendo descobertas”, analisa.

O médico destaca que os pais têm papel fundamental na proteção dos filhos. “As novas orientações recomenda uso de máscaras para crianças de dois anos ou mais quando estiverem fora de casa, abaixo desta idade não se deve usar por risco de sufocamento. Ficar em casa o máximo possível. Manter o distanciamento social, nada de brincar ou passeios ao ar livre, só o quintal de casa está liberado”, outros cuidados citados pelo médico são a lavagem frequente das mãos com água e sabão, limpar e desinfetar as superfícies de toques na casa (mesa, cadeiras, por exemplo), limpar e desinfetar as telas, telefones, tabletes, computadores, lavar objetos e brinquedos, orientar a não tocar o rosto e manter ambientes ventilados com janelas abertas.

Outra orientação importante é sobre Covid-19 e amamentação. “Se a mãe estiver amamentando e for infectada ela pode amamentar seu bebê desde que utilize máscara facial e proceda a correta higienização das mãos e vestuário. Até agora não foi detectado o vírus no leite materno”, aponta.

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