Coordenador de Resíduos Sólidos do Saae fala sobre eficácia da máquina de capina elétrica

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BARRA MANSA

O Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) vem realizando uma série de testes com a máquina de capina elétrica, que foi lançada no dia 1º de julho. Segundo explicou o ambientalista e coordenador de Resíduos Sólidos do Saae, Jackson Rabelo, o município pretende confirmar a eficácia do equipamento, antes de fechar o contrato com a empresa Zasso. Até o momento a nova tecnologia foi usada nos bairros Vista Alegre, Cotiara, Vila Maria, Santa Terezinha, e, no Parque da Cidade. Jackson afirmou que, caso o maquinário seja aprovado, trará economia aos cofres públicos.

Algumas das vantagens da capina elétrica é que ela permite o controle de ervas daninhas e plantas invasoras sem o uso de herbicidas, elimina o mato pela raiz evitando a contaminação do solo e sua erosão. O procedimento é realizado por meio de aplicadores projetados para descargas elétricas de alta potência na planta e a energia circula por todo seu organismo causando seu ressecamento. De acordo com Jackson, com os testes foi possível observar que realmente o mato é eliminado. “O que nos foi prometido é que após a capina, o mato levará cinco meses para crescer de novo. E queremos esperar esse tempo, para confirmar se realmente funciona”, relatou.

Uma observação feita durante os testes, é que, a máquina é melhor em áreas simétricas e seria preciso algumas modificações para que ela atenda melhor o município. “No parte da cidade o lençol freático é muito aflorado, por está um pouco acima do Paraíba. O que é diferente do Cotiara que é morro. Nós pegamos vários tipos de situações e o sistema funciona, mas ele tem que ser aprimorado e adequado para os tipos de área”, disse explicando que na cidade existem áreas variadas como, asfalto, bloquete, paralelo e chão de terra. “Não temos pavimentação definida, e a máquina tem que atender as quatro variáveis”, ratificou.

MODIFICAÇÕES NECESSÁRIAS

Para Jackson Rabelo, uma das mudanças necessárias no equipamento seria no motor de 35 cavalos, para 75 cavalos. “O motor tem alta rotação, mas ele ainda anda de vagar, e para ter uma amperagem maior, precisa de mais velocidade”, disse, explicando que isso geraria também uma taxa maior de eletricidade que traria mais eficácia na eliminação da planta.

Outra mudança apontada foi na parte que faz o contato com o mato. “Devido a pavimentação que temos em Barra Mansa, precisamos de que a área de contato seja como, por exemplo, uma vassoura. A forma atual dele é como uma gota d’água, o que é melhor para as áreas simétricas”, explicou.

“futuro da manutenção da capina em região urbana”

Jackson Rabelo detalhou algumas das vantagens que o equipamento pode trazer para o município. Segundo ele, o investimento foi de R$ 15 mil. “Estamos testando a máquina há 15 dias, e se fossemos capinar essa área, gastaríamos cerca de R$ 60 mil. Ou seja, ele trás uma economia financeira de quase 70%”, ratificou, completando que coma capina elétrica, o mato demorará mais para crescer. “Se realmente o mato levar cinco meses para nascer, o serviço pode ser feito apenas duas vezes ao ano”, disse, contado ainda que a tecnologia não prejudica a fauna. “Após alguns dias da capina elétrica feita no Parque da Cidade, eu cavei um buraco na terra e achei minhocas”, comemorou, afirmando que a máquina é o futuro da manutenção da capina em região urbana.

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