Repórter fotográfico do A VOZ DA CIDADE registrou momento em que meninos estavam no rio
BARRA MANSA
Na última terça-feira, dia 14, dois jovens, um de 19 e outro de 16 anos, se afogaram no Rio Paraíba do Sul. Um foi resgatado e o outro, o menor, seguia, até a publicação dessa notícia, desaparecido. A informação era de que eles tinham pulado na Ponte Nilo Peçanha, no Ano Bom, para nadar, mas fontes do A VOZ DA CIDADE, da família, informaram que eles estavam nadando no chamado pontilhão, na altura da Vila Coringa, e desceram o rio, quando perderam as forças e começaram a serem arrastados pela correnteza. O repórter fotográfico do jornal, Fábio Guimas, registrou na tarde de terça-feira, o momento em que os jovens estavam dentro do rio, com a água no meio da cintura, quando fazia registros para uma matéria sobre a crise hídrica.
Nesta quarta-feira, dia 15, foram realizadas buscas com a equipe de mergulhadores no local, mas até o momento da divulgação desta matéria, a vítima não teria sido encontrada. O coordenador da Defesa Civil de Barra Mansa, João Vitor, fez um alerta para a população não utilizar o Rio Paraíba para nadar, uma vez que o mesmo é perigoso.
Segundo o Corpo de Bombeiros, uma das coisas que dificultou as buscas foi a correnteza forte. Sobre isso, o coordenador da Defesa Civil, João Vitor, disse que apesar do momento de estiagem em que o volume do Rio Paraíba esta mais baixo, a correnteza ainda tem força e os redemoinhos são os mais perigosos até para quem sabe nadar.
“As pessoas não têm noção da profundidade do Paraíba. Muitos vão nadar sem saber como está a água, ela é turva e não tem como saber o que está em baixo”, disse o coordenador enumerando alguns dos riscos. “Você pode pular e bater em algo, como, por exemplo, uma pedra. Ou você pode se enroscar na vegetação da margem, além de ser pego por um redemoinho. O risco é grande demais”, alertou.
João Vitor ainda lembrou da qualidade da água, que também não é recomendada para o banho e disse que há bairros de Barra Mansa em que os nados são mais frequentes. “Observa-se que principalmente crianças e jovens costumam nadar dessa forma no Rio Paraíba. Mas tem que haver uma conscientização da população que não é um local apropriado para nado e que existem riscos de morte”, finalizou.
