SUL FLUMINENSE
Lojas lotadas de clientes, comércio com horário estendido e grande fluxo de pedestres e veículos pela região comercial dos municípios. Estes são alguns dos fatos provocados pela busca da compra ideal, da garantia do desconto daquele produto que o consumidor tanto almeja. Assim é o Natal, que em meio ao clima de confraternização movimenta a economia nacional em diversos setores com a tradição da troca de presentes.
E faltando menos de uma semana para o Natal, celebrado na próxima terça-feira, dia 25, alguns consumidores brasileiros devem manter o costume de deixar tudo para a última hora. Da compra dos itens da ceia no dia 24, quanto à compra de presentes. Segundo levantamento da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) serão 9,3 milhões de pessoas em compras nesta semana. No Sul Fluminense a situação não é diferente e muitos consumidores devem aproveitar o fim de semana pra realizar suas compras. “Eu espero o pagamento do décimo terceiro para comprar meu presente e dos filhos. Quero sair às compras no sábado, deixando as crianças com o pai, em casa. E tem ainda a ceia, quero fazer mercado no domingo ou na segunda, pois deve ter coisas frescas e promoções”, comenta a dona de casa Talita Precioso, que se assume como consumidora de última hora. “A vida é corrida e sem dinheiro não dá, aí acaba ficando mesmo pra última hora. E dá certo porque os preços podem baixar e ainda sair lucrando”, comenta.
O levantamento da CNDL/SPC mostra que entre os consumidores que pretendem ir às compras nesta semana a principal justificativa é a espera por promoções relâmpagos (55%) que podem ajudar a economizar na aquisição de presentes. Outros 22% estão aguardando o pagamento da segunda parcela do 13º salário, enquanto 14% alegam falta de tempo para procurar todos os presentes da lista. Há ainda 14% de entrevistados que admitem falta de organização e 5% que culpam a preguiça de fazer compras, deixando a tarefa para o limite da data comemorativa.
Por outro lado, existe também a espera planejada, aquela que o consumidor observa os preços e produtos em destaque durante o Natal e, somente em janeiro de 2019, sai às compras se ocorrer o ‘Saldão de Natal’. “Comprei um celular desta maneira, no início do ano. Baixou 20% o valor que era vendido no Natal e foi questão de aguardar alguns dias e contar com a sorte de ter a mercadoria em estoque. Não sou consumista, acho legal o movimento nas lojas, as pessoas comprando. Mas, eu mesmo, prefiro aguardar a liquidação depois do Natal”, conta a manicure Rosalina Pereira. Ela está no universo dos 2% dos entrevistados da pesquisa da CNDL/SPC que vão adiar as compras natalinas para janeiro de 2019, preferindo aproveitar as liquidações de início de ano.
CONTROLE E DISCIPLINA
Para a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, deixar as compras de Natal para a última hora é uma atitude equivocada para quem pretende economizar. “Se o consumidor deixa para comprar muito em cima da hora, acaba não tendo tempo para pesquisar preços em diferentes lojas ou encontrar opções de produtos mais baratas. Além disso, com as lojas cheias, os produtos mais baratos acabam mais cedo nos estoques”, alerta a economista.
De acordo com o educador financeiro do SPC Brasil, José Vignoli, na pressa para garantir todos os itens da lista e não deixar ninguém sem presente, o consumidor acaba dando menos importância aos detalhes, cedendo às compras impulsivas. “A pressa é inimiga do planejamento. O ideal é fazer uma lista de todos os presenteados e fixar um valor do quanto se pode gastar. Dessa forma, não há perigo de exceder o valor com a compra de outros presentes que não estavam previstos”, adverte Vignoli.