Confiança do comércio fecha 2018 no maior nível em cinco anos

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SUL FLUMINENSE

Apurado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) alcançou 115,5 pontos no mês de dezembro. Na comparação com novembro, o indicador apresentou alta de 5,4%, na série com ajuste sazonal, e, em relação a 2017, o avanço foi de 5,7%. A pesquisa também revela que três em cada quatro varejistas pretendem contratar mais nos próximos meses. Confiança já expressada pelos empresários da região Sul Fluminense, que apostam inclusive nas vendas desse Natal para tentar manter, ao menos 20% dos seus contratados temporários no quado efetivo, em 2019.

O levantamento da Confederação mostra que todos os componentes do Icec registraram variações positivas, com destaque para as expectativas em relação ao desempenho da economia, que apresentou avanço de 9,1% em relação a novembro. O subíndice que mede a satisfação com o nível atual de atividade (Icaec) voltou a crescer e apresentou alta de 5,4% em relação a novembro, já descontados os efeitos sazonais. Este é o maior crescimento desde fevereiro deste ano, quando o percentual foi de 6,7%.

Para o chefe da Divisão Econômica da CNC, Fabio Bentes, as expectativas seguem apresentando trajetória positiva após superado o pessimismo na época das paralisações de maio e com a definição do cenário político. “Para 88,9% dos empresários ouvidos, a economia vai melhorar no próximo ano. Essa percepção se alinha às projeções para o PIB de 2019, que indicam avanço de 2,5% da economia”, afirma.

MAIS CONTRATAÇÕES

O estudo da CNC mostra que as intenções de contratação aumentaram 6,1% em dezembro, apontando que 75,2% dos entrevistados declararam que será necessário reforçar o quadro de funcionários das empresas do setor nos próximos meses. Esse é o maior índice de intenções de contratação desde agosto de 2013, quando 75,3% se mostravam dispostos a expandir o quadro de funcionários das empresas. Em Resende, o gerente Peterson Nogueira, contratou cinco trabalhadores temporários para garantir o melhor atendimento ao público, durante este período de Natal e réveillon. “Quero seguir com pelo menos três deles, se o movimento seguir alto como tem sido até o fim desta primeira semana de vendas antes do Natal, talvez consiga manter todos. O ideal é termos mais mão de obra disponível, apesar das vendas e a situação econômica não permitir. Criando turnos, as vendas podem aumentar porque manteríamos a loja aberta durante mais tempo”,comenta.

Às vésperas da data comemorativa mais importante do setor, o Natal, nesta terça-feira dia 25, a percepção dos empresários em relação aos estoques se mostra menor. Apesar de 25,7% dos entrevistados considerarem os níveis de estoque “acima do adequado”, este é o menor patamar para meses de dezembro em quatro anos.

PROJEÇÃO PARA 2019

Segundo estimativa da CNC, o varejo brasileiro deverá faturar R$ 34,6 bilhões em vendas no Natal deste ano, o que representa alta de 3,1% em relação a 2017. A partir do aumento na expectativa de vendas, a CNC revisou para cima a previsão quanto à criação de vagas temporárias para suprir a demanda sazonal durante a principal data comemorativa do comércio. A entidade prevê a oferta de 77,1 mil vagas, contra uma expectativa anterior de 76,5 mil postos de trabalho temporário.

Em relação ao varejo, a Confederação prevê crescimento de 4,8% no volume de vendas, resultado que, apesar de frustrante, consolidou a recuperação do setor após a recessão. Para 2019, a entidade projeta avanço de 5,5% no volume de vendas do varejo ampliado.

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