Esta semana, algumas mães me procuraram para pedir orientações sobre como tornar o retorno às aulas mais leve e fácil. Como melhorar a percepção das crianças em relação ao retorno às atividades e diminuir a resistência? Achei o tema relevante e resolvi compartilhar com você alguns pontos que trabalho com as famílias durante os atendimentos.
Com a volta às aulas após o recesso, algumas crianças podem apresentar resistência e dificuldades com o retorno. Para minimizar isso, você, que é mãe, pai ou cuidador, pode realizar algumas ações que geram resultados e são respaldadas pela neurociência.
Primeiro, pense em preparar a rotina de forma antecipada: você pode reintroduzir a rotina escolar alguns dias antes do início das aulas. Isso pode incluir horários regulares para dormir, acordar, refeições e atividades escolares.
É importante também revisar o material escolar para refrescar a memória da criança, já que algumas escolas retornam com as provas. Mesmo durante o recesso, é essencial ter um momento de revisão dos últimos assuntos estudados.
Se o seu filho tem alguma dificuldade de aprendizagem, você pode agendar uma reunião com os professores e a equipe pedagógica para discutir as necessidades específicas dele.
Crie um espaço calmo e organizado para os estudos, longe de distrações. Isso ajuda a criança a se concentrar e a associar o local com atividades escolares.
Use um sistema de recompensas para reconhecer os esforços e conquistas da criança, incentivando uma atitude positiva em relação à aprendizagem. Peça orientação profissional para isso.
Incentive a criança a expressar suas preocupações e ansiedades sobre o retorno às aulas. Ofereça suporte emocional e reforce que é normal sentir-se nervoso.
Incorpore atividades relaxantes e lúdicas na rotina diária, como leitura, desenho ou jogos calmos, para reduzir o estresse e a ansiedade.
Mantenha uma rotina estruturada, com horários fixos para estudo, lazer e descanso. Isso ajuda a criança a saber o que esperar e a se sentir mais segura e organizada. Você pode utilizar intervalos regulares durante o tempo de estudo para evitar a fadiga e manter a concentração.
Participe ativamente da vida escolar de seu filho, demonstrando interesse e apoio em suas atividades e progressos. Se possível, mantenha uma comunicação frequente com os professores para acompanhar o progresso e ajustar as estratégias conforme necessário.
Encoraje e reconheça os esforços do seu filho, mesmo que os progressos sejam pequenos, e tenha paciência!
Vamos juntos!
Marcele Campos – Psicóloga Especialista em Neuropsicologia (Avaliação e Reabilitação) e Análise do Comportamento Aplicada ao Autismo, Atrasos de Desenvolvimento Intelectual e Linguagem. Trabalha há mais de 28 anos com crianças e adolescentes. Proprietária da Clínica Neurodesenvolver – especializada em avaliação e tratamento de pessoas com Transtornos do Neurodesenvolvimento.
