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Comissão de Indústria Naval da Alerj cobra maior presença de empresas locais nos processos de contratação da Petrobras 

Por Carol Macedo
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ESTADO

Em reunião institucional com a gerência estratégica da Petrobras, a presidente da Comissão Especial de Indústria Naval, de OffShore e de Petróleo e Gás da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, deputada estadual Célia Jordão, tratou sobre temas essenciais para o avanço da indústria naval fluminense e solicitou maior efetividade nas recomendações para o aumento da competitividade das empresas locais. A deputada indicou pontos de dificuldade para atuação de igual para igual no mercado e ressaltou a importância das demandas da Petrobras para fomentar a indústria local.

“Em reuniões anteriores, tivemos acesso a uma apresentação da Petrobras sobre os problemas que a empresa enfrenta na hora de contratar. É preciso haver essa integração de informações. Como as empresas devem se preparar e se atualizar para atuar com mais competitividade? A indústria naval do Estado do Rio de Janeiro precisa retomar o seu espaço. A necessidade de empregos é urgente”, afirmou a parlamentar.

Pedro Bracante, gerente executivo de Relacionamento Externo da Petrobras, destacou que não há nenhuma restrição à participação de empresas nacionais nos processos licitatórios e nem exigência de que haja produção no exterior. “Se um estaleiro brasileiro tem competitividade e qualidade, então pode concorrer em pé de igualdade com empresas estrangeiras no nosso processo licitatório. Quando percebemos que as empresas nacionais não se qualificam para avançar no processo com preços muitos elevados, por exemplo, disponibilizamos recomendações para essas empresas”, explicou Bracante.


Convidada para participar da reunião, a ex-presidente da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Magda Chambriard, lembrou que os estaleiros brasileiros já se destacaram no passado pela estrutura de maquinário, como os estaleiros Brasfels, Brasa e Mauá. “Uma das referências no mercado era que esses estaleiros tinham guindastes flutuantes de maior capacidade. O que mudou tanto que hoje essas empresas não conseguem competir de igual para igual com as estrangeiras? São essas informações que precisam ser melhor compartilhadas”, ressaltou Magda.

Durante a reunião, também foram abordados detalhes sobre os projetos de descomissionamentos de sistemas de produção da Petrobras, pauta bastante questionada por especialistas do setor. Eduardo Zacaron, Gerente Geral de Projetos de Descomissionamento, defendeu os processos e apontou novas perspectivas. “Para os próximos cinco anos, em todo o território brasileiro, serão investidos cerca de R$ 4,6 bilhões nessa área. É um mercado em expansão. Metade das plataformas que estão em descomissionamento estão, hoje, associadas à revitalização dos campos marinhos para modernizar as instalações, e não necessariamente em abandono de atividades”, defendeu Zacaron.

As novas oportunidades para o setor também entraram na pauta da reunião. Caroline Vollu, gerente de Relacionamento com o Poder Estadual e Municipal, Articulação Regional RJ, ES e SP, informou sobre novos módulos em construção por estaleiros brasileiros. A empresa se comprometeu a divulgar o Plano 2022-2006 e as previsões de abertura de novas oportunidades para os próximos cinco anos. A próxima reunião da Comissão de Indústria Naval da Alerj será no dia 18 de novembro com a CSENO/ABIMAQ/Rio Indústria para tratar de tributação, conteúdo local, infraestrutura, redução de burocracia e financiamento.

 

 

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