Comissão da Alerj discute situação do Rio Paraíba do Sul em reunião

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ESTADO/SUL FLUMINENSE

Nesta terça-feira, dia 7, às 13 horas, a Comissão de Representação de Defesa do Rio de Paraíba do Sul promoverá uma reunião ordinária para apresentação dos resultados do Plano de Ação para Conservação das Espécies Aquáticas Ameaçadas de Extinção da Bacia do Rio Paraíba do Sul: contribuições para questões ambientais e sociais. A reunião será na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) e será presidida pelo deputado Glaucio Julianelli, o Dr. Julianelli (Rede).

A palestrante será a coordenadora do Plano de Ação Nacional (PAN) Paraíba do Sul e analista ambiental do ICMBio. Ainda participa o membro do grupo assessor do PAN Paraíba do Sul e vice-diretor do projeto Piabanha.

De acordo com o deputado Dr. Julianelli, a reunião será muito importante para conseguir avançar mais um pouco em políticas públicas que garantam o financiamento do repovoamento de espécies do Rio Paraíba do Sul. Mencionou até mesmo a possibilidade de elaboração de projeto de lei para contribuição. “A ideia é, por exemplo, quem usa o rio de alguma maneira, seja para geração de energia, por exemplo, contribua de alguma forma no processo de repovoamento. Por isso precisamos debater”, destacou.

O deputado falou da poluição que contribui, claro, para a perda na qualidade da água e também da fauna. A respeito da importância do Rio Paraíba do Sul, o deputado disse que ele não é tratado como deveria. Falou da importância do mesmo para geração de energia; o uso da água tanto para animais como por humanos; o uso econômico, como a pesca e em processos de irrigação pela agricultura, para indústrias. “Gostaria de chamar a atenção ao uso industrial das águas do rio. As empresas não se instalam à toa às margens do rio. Tem a CSN, as automobilísticas. O rio é muito importante para nós e para todo o estado. Há muito ainda a ser feito, muito a regulamentar e é isso que a comissão tem feito, tentado elaborar políticas públicas nesse sentido. Pensar maneiras de diminuir o dano”, explicou o deputado, frisando que ainda neste ano será realizada uma reunião da Comissão de Representação de Defesa do Rio de Paraíba do Sul em Volta Redonda para discutir o uso da água pela Companhia Siderúrgica Nacional.

Comitês e ONGS

para essa reunião estão sendo esperados representantes de comitês e ONGs que trabalham pela preservação do Rio Paraíba do Sul.

O presidente do Comitê da Região Bacia Hidrográfica do Médio Paraíba do Sul, José Arimathéa Oliveira, destaca que a participação dos comitês na reunião da Alerj é de extrema importância para se inteirar dos assuntos que serão abordados. “Nós temos muito pouco conhecimento cientifico do assunto, e é extremamente importante saber dessas espécies para que a gente tenha propostas de ações e projetos e não sejamos corresponsáveis pelo seu desaparecimento”, disse o presidente. Arimathéa ainda falou sobre a importância da divulgação dos comitês para ajudar na preservação. “A piora da qualidade das águas do Rio Paraíba do Sul, tem contribuído para essa extinção, se todos os comitês se envolverem trabalhando essas informações pelos diversos meios de comunicação, a população também vai se mobilizar e quem sabe nos ajudar na construção dessas políticas”, finalizou.

O PAN

O Plano de Ação Nacional para Conservação das Espécies Aquáticas Ameaçadas de Extinção do Rio Paraíba do Sul tem como objetivo recuperar e manter as espécies aquáticas ameaçadas de extinção da Bacia do Rio Paraíba do Sul, que compreende os estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, totalizando 55.300 quilômetros quadrados de extensão. O PAN abrange 11 espécies aquáticas constantes da lista nacional de espécies ameaçadas de extinção, sendo: dez espécies de peixes e um quelônio.

É composto por um objetivo, 12 objetivos específicos e 57 ações (após revisão), com previsão de implementação estabelecida para um prazo de dez anos, distribuído em dois ciclos de gestão de cinco anos cada, com supervisão e monitoria anual do processo.

 

 

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