Comércio varejista registra alta de 3,4% em agosto

Por Idel Pinheiro

SUL FLUMINENSE

Com a gradativa retomada de suas atividades o comércio varejista tem apresentado evolução no país mesmo durante a pandemia do coronavírus. Segundo dados da Pesquisa Mensal de Comércio elaborada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o comércio varejista cresceu 3,4%, em agosto, na comparação com julho. Foi a quarta alta mensal seguida, após quedas influenciadas pela pandemia em março e abril.

Na comparação com agosto de 2019, o comércio cresceu 6,1%, terceiro resultado positivo consecutivo. No acumulado do ano, o setor registrou menor ritmo de queda de -0,9%, enquanto nos últimos 12 meses, acumula crescimento de 0,5%, após três meses de estabilidade. “O varejo em abril teve o pior momento, com o indicador se situando 18,7% abaixo do nível de fevereiro, período pré-pandemia. Esses números foram sendo rebatidos nos meses seguintes, até que em agosto o setor ficou 8,9% acima de fevereiro”, explica o gerente da PMC, Cristiano Santos.

Segundo o IBGE, cinco das oito atividades pesquisadas tiveram alta na passagem de julho para agosto. Entre as que apresentaram maior crescimento estão tecidos, vestuário e calçados (30,5%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (10,4%), móveis e eletrodomésticos (4,6%), equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (1,5%) e combustíveis e lubrificantes (1,3%). “Foi percebida sim esta alta de julho para agosto, até mesmo pelo Dia dos Pais quando vendemos bastante calçados, cintos, carteiras. Neste segundo semestre foi o melhor mês, até o momento. Na minha loja tive crescimento de 7% e espero que eleve mais ainda com o Dia das Crianças e o Natal”, afirma o gerente Peterson Almeida.

Segundo o IBGE a alta dos preços também têm influenciado o desempenho do varejo, – Fábio Guimas

AUXÍLIO EMERGENCIAL E ALTA DOS PREÇOS

De acordo com Cristiano Santos, fatores como o aumento da renda devido ao auxílio emergencial concedido pelo governo federal e a alta dos preços também têm influenciado o desempenho do varejo, especialmente o setor de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, que recuou 2,2% de julho para agosto, impactado pela inflação dos alimentos. “Os produtos de supermercados têm uma elasticidade alta, um arroz mais caro é substituído por outro mais barato, mas o consumidor continua comprando. Os supermercados continuam próximos da margem, mesmo em queda, não sentem tanta diferença quanto em outras atividades”, explica Santos.

Também houve crescimento nas vendas de móveis e eletrodomésticos, fator atrelado ao aumento da renda com o auxílio emergencial utilizado pelas famílias para reposição de produtos antigos. Segundo a economista Eliane Barbosa, os recursos ampliados pelo trabalhador favorecem as compras. “No período há pagamentos não só do auxílio emergencial como do FGTS emergencial. Muita gente foi às compras o que acredito ter impactado em parte desta pesquisa do IBGE”, frisa.

Por outro lado, em queda na pesquisa constam os setores de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (-1,2%) e livros, jornais, revistas e papelaria (-24,7%).

VAREJO AMPLIADO TEM ALTA DE 4,6%

O volume de vendas do comércio varejista ampliado, que inclui as atividades de veículos, motos, partes e peças e de material de construção, teve alta de 4,6% em relação a julho, reduzindo o ritmo de crescimento com relação ao mês anterior (7,1%). Veículos, motos, partes e peças cresceu 8,8% e material de construção registrou aumento de 3,6%, ambos, respectivamente, após 12,3% e 5,9% registrados no mês anterior.

Frente a agosto de 2019, houve aumento de 3,9%, segunda taxa positiva consecutiva. No acumulado do ano, o varejo ampliado soma recuo de 5%. O acumulado em 12 meses, ao passar de -1,9% até julho para -1,7% até agosto, também apontou leve melhora no ritmo de venda.

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