Comércio de doces aquecido por conta das vendas de São Cosme e Damião

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BARRA MANSA

Com o Dia de São Cosme e São Damião se aproximando, os fiéis devotos já estão se preparando para a tradicional distribuição de doces, que acontece na próxima segunda-feira, dia 27. A tradição, faz com que as vendas em lojas de atacado de doces aumentem e o movimento nesses estabelecimentos já é diferenciado.

Apesar da flexibilização do distanciamento social possibilitada pela vacinação contra a covid-19, este ano os consumidores enfrentarão mais um desafio: a alta no preço dos brindes.

O gerente de uma loja especializada em doces, Milton Cesar Costa Soares, as vendas já estão melhores do que em relação ao ano passado, com tendência de melhorar a partir de quinta-feira. “Todo crescimento é bem vindo, Como o dia da distribuição já é segunda-feira, dia 27 a tendência é que quinta, sexta e sábado as vendas aumentem, pois as pessoas tem a tradição de deixar para a última hora”, cita, acrescentando que a tradição é continua. “Mas que existe uma queda natural, mas que é continuada por conta da fé e pela tradição, pois é um ato que é fruto de promessas e repassado de geração em geração”, pondera.

Sobre a alta nos preços, César destaca que todos os itens tiveram reajuste. “Mas diante do atual cenário do país, é até normal. O preço da gasolina influencia em tudo, inclusive nos doces. Quem mais perde é o comércio, já que o cliente perde o poder de compra”, informa.

Segundo o comerciante Fernando Marques, alguns preços de doces e guloseimas em 2021 manteve os preços na mesma média de 2020, com pequenas variações e bastante opções. “Entretanto, em movimento contrário estão os chocolates, cujos os preços subiram com o aquecimento do consumo. Trata-se de um item muito consumido durante a pandemia. Outro produto que tem aumento é o açúcar, devido ao aumento na produção de etanol”, cita.

De acordo com o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas, Leonardo Santos, a data aquece as vendas. “É uma data tradicional religiosa e movimenta muito os mercados e lojas especializadas. Muitas pessoas mantém viva a tradição e, pela fé, continuam  com o hábito de distribuir os doces. Com isso, as lojas do ramo têm as vendas aquecidas neste período e, mesmo durante a pandemia, teremos uma grande procura pelos itens tradicionais”, avalia.

Questão de fé

A costureira Ana Machado é uma das devotas que mantém viva esta tradição. “Quando minha filha nasceu, tivemos muitas dificuldades por conta de problemas de saúde. Fiz uma promessa aos santos gêmeos e recebi a benção. Por conta disso, vou distribuir doces as crianças até o fim da aminha vida. Claro, que ao longo dos anos, a quantidade diminuiu, as crianças de hoje em dia não sabem desta tradição, não ‘correm’ atrás dos doces como era há uns 15 anos, e hoje, em dia, como tudo está bem mais caro, os saquinhos diminuíram, mas a fé e o agradecimento pela benção alcançada, não”, avalia.

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