Comerciantes de Penedo realizam carreata pedindo flexibilização para os turistas voltarem

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ITATIAIA

Neste sábado, dia 9, os comerciantes de Penedo, em Itatiaia, realizaram uma carreata pedindo ao governo municipal a liberação para entrada de turistas no local. Os hotéis, restaurantes, entre outros estabelecimentos, sobrevivem exclusivamente do turismo e, mesmo com a flexibilização para a reabertura das lojas, os comerciantes não conseguem faturar e várias pessoas já foram demitidas.  Aproximadamente 40 carros percorreram as ruas e se reuniram em frente ao portal, onde o prefeito Eduardo Guedes compareceu e garantiu que a situação está sendo analisada e que na próxima segunda-feira, dia 11, haverá uma reunião com as secretarias de Saúde e Turismo para apresentar as propostas para a reabertura do portal ao Ministério Público (MP).

O comércio teve a flexibilização da quarentena no final de abril e até o dia 9 possuía sete casos confirmados de Covid-19, sendo que cinco já são considerados curados. Em Penedo não houve nenhum caso da doença. Segundo os comerciantes presentes, aproximadamente 10 mil pessoas foram afetadas pela falta do turista, no qual muitos comerciantes tiveram que demitir seus funcionários.

Segundo o prefeito, a discussão para a volta dos turistas já vinha sendo tratada antes da manifestação acontecer. “Na semana passada já havíamos dialogado sobre isso através de uma videoconferência. E nesta semana voltaremos a nos reunir para fazer o planejamento de como isso pode ser realizado”, declarou, explicando que se for liberada a entrada do turista, será necessário um protocolo com medidas de prevenção para evitar a proliferação do vírus. “Nós entendemos que o comerciante de Penedo depende dos visitantes e se todos se conscientizarem, poderemos voltar com as visitas de forma segura”, afirmou.

COMERCIANTES RELATAM DIFICULDADES

O dono de um restaurante em Penedo, Ítalo Rodrigues Filho, explicou que o problema não é apenas a questão financeira. “É muito triste você ter que demitir colaboradores que estão com a gente há anos. Eu tive que demitir 23 funcionários. Isso vai muito além do nosso umbigo, aqui está acontecendo um grande drama social e não temos um horizonte de quando isso vai mudar. Nós ainda podemos nos defender, mas e aqueles que dependiam desses empregos?”, lamentou.

Um dos organizadores de evento, Jesse Teixeira Ibraim, explicou que os comerciantes estão dispostos a aceitar todas as medidas cabíveis para evitar a proliferação do vírus. “Mas a gente não pode mais ficar sem os turistas. Já cumprimos rigorosamente todas as medidas adotadas pelo governo municipal e agora nós precisamos voltar. Estamos em um local turístico, não temos outro meio de renda, se acabar isso, nós acabamos”, detalhou.

Maurício Ribeiro Gonçalves, dono de uma loja de presentes, enumerou algumas medidas que podem ser adotadas para a liberação dos visitantes. “Pode haver uma barreira sanitária no portal, exigindo a máscara, com medição de temperatura e a exigência do álcool gel nas lojas. Queremos que pelo menos os moradores das cidades circunvizinhas possam voltar para cá, para que possamos sobreviver”, finalizou.

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