Com crise se cresce

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Hoje é 94º dia de 2019, mas é tanta tragédia acontecendo, que parece que estamos vivendo este ano há pelo menos uns cinco. É barragem se rompendo em Brumadinho (MG), ex-presidente preso, Presidente da República brigando com Presidente da Câmara em rede nacional, andamento da reforma da previdência enguiçado e, enquanto isso a economia do país dá um nó.

No dia 18 de março a Bolsa de Valores de São Paulo chegou a sua marca histórica de 100.000 pontos, e nos dez dias seguintes, devido a esses inúmeros contratempos, parecia que estava em um tobogã, nos fazendo a assistir uma queda de quase nove pontos percentuais, chegando a 91.900 pontos. Não foi tão ruim quanto à turbulência que vivemos em 2016 com um impeachment e uma inflação de 10,9%, mas deixou muita gente de cabelo em pé.

Nesse momento, muitas pessoas se assustam, acham que a economia vai entrar em colapso e começam a vender suas posições de investimentos pra deixar o dinheiro quietinho em algo bem conservador, esperando a tempestade passar, com esse movimento o preço das ações, dos contratos de juros e outros ativos cai, e é nessa hora que encontramos um verdadeiro ‘saldão’ na bolsa.

Quando eu comecei a estudar o mercado financeiro, e dava início a minha primeira oportunidade de cuidar de dinheiro, o mundo vivia um momento que deixou muita gente assustada, a crise do ‘subprime’, foi uma época que grandes empresas fecharam as portas e bancos entraram em falência.

A Bolsa de Valores iniciou o ano de 2008 com mais de 63.000 pontos e terminou com 37.000. Estava todo mundo com medo de tirar o dinheiro do colchão (inclusive eu), e com isso o preço das ações só caia. Nessa época eu escutei um mestre da educação financeira, Gustavo Cerbasi, dizendo que “em momentos de crise surgem grandes oportunidades”, fiquei com uma grande interrogação na cabeça e fui me inteirar do assunto, e não é que é verdade?! Empresas sólidas, com horizonte de crescimento, um bom mercado ainda a ser explorado também sofrem reflexos desse momento de cautela, onde todo mundo resgata desesperadamente o dinheiro. Suas ações ficam mais baratas, abaixo do preço justo, ou seja, do que realmente valem. Nessa hora um monte de gente inteligente aproveita e compra os ativos a preço de banana, esperando o momento que tudo vai voltar ao normal.

Comprar uma ação fora do preço é como aproveitar um ‘saldão’ das Casas Bahia e levar um ar condicionado no inverno bem mais barato com a certeza que o verão vai chegar, ou aproveitar a liquidação de uma loja de agasalhos na troca da coleção que coincide com a época que realmente faz frio. É voltar à atenção para oportunidades enquanto está todo mundo focado em outra coisa.

Quando as más notícias começarem a estampar os noticiários, não tenha medo! Procure uma empresa que você goste, joga no Google, pesquise sobre ela e procure saber a opinião dos economistas, veja se o preço das ações está mais barato que o normal e COMPRE! Dinheiro no colchão ou em investimentos superconservadores pode atrasar o seu enriquecimento. Não se assuste com a crise, receba com disposição para aproveitar todas as oportunidades que ela pode te trazer.

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