CNDL recomenda lojas fechadas e projeta prejuízo de R$ 100 bilhões

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BRASÍLIA/SUL FLUMINENSE

A Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), exercendo o seu papel de representante de mais de 500 mil empresas em todo o País, vem buscando junto ao Ministério da Economia medidas emergenciais que possam, de alguma maneira, amenizar os impactos da pandemia do coronavírus no nosso setor.

Nesta sexta-feira, dia 20, a entidade que representa as CDLs de todo o país, emitiu nota projetando que o setor de comércio e serviços seja impactado negativamente em mais de R$ 100 bilhões nos próximos meses. “A projeção tem como premissa a normalização das atividades a partir de maio. Caso os efeitos da pandemia avancem além desse período, o impacto poderá ser ainda maior. Uma de nossas missões é manter os dados sempre atualizados a esse respeito”, informa o comunicado.

A CNDL reforça que o pacote de medidas anunciado pelo governo federal no dia 18 de março traz importantes avanços para que os empresários mantenham a viabilidade das suas empresas. “A CNDL trabalha junto ao governo federal nos ajustes necessários que devem ser feitos para que não ocorra o fechamento de milhares de postos de trabalho. Entre os pontos que buscamos junto ao governo, destacamos: a suspensão, por três meses, da cobrança do ISS e do ICMS sobre a comercialização de produtos e serviços, para micro e pequenas empresas; a suspensão do contrato de trabalho com acesso ao seguro desemprego; a suspensão do recolhimento do FGTS por três meses; a suspensão de empréstimos por 60 dias e da execução dos protestos em cartório pelo prazo de 60 dias; entre outros”, frisa.

COMÉRCIO FECHADO 

Em seu comunicado, diante dos exemplos de outros países e dos números crescentes da pandemia no Brasil, a CNDL manifesta sua preocupação em zelar pela saúde da população brasileira. Para tanto, defende o fechamento geral do comércio de todo o Brasil durante o período de avanço do vírus, com exceção de serviços básicos, como supermercados e farmácias, que devem funcionar com regras de utilização para que se evitem aglomerações. “Entendemos que a medida diminuirá o avanço do vírus e possibilitará o retorno das atividades o mais rapidamente possível. Enquanto houver pessoas nas ruas, o vírus continuará avançando. Seguindo as condições de trabalho recomendadas pela ANS e pelo Ministério da Saúde, a CNDL e o SPC Brasil, também adotaram o regime de teletrabalho ou home office”, aponta.

Por fim, declara que neste momento, “é fundamental o alinhamento dos governos municipais, estaduais e federal em busca de caminhos que diminuam o impacto e as consequências dessa crise econômica, mas sobretudo humanitária”.

SITUAÇÃO NO SUL FLUMINENSE

Vale lembrar que praticamente todos os municípios do Sul Fluminense adotam expediente reduzido no comércio. Os shoppings de algumas cidades como Resende e Volta Redonda vão permanecer fechados, evitando a aglomeração de pessoas e o risco de contágio com o coronavírus.

Em Volta Redonda, a direção do Sider Shopping, na Vila Santa Cecília, as lojas vão permanecer fechadas até o dia 1º de abril. Farmácias e a praça de alimentação devem funcionar entre 12 e 20 horas. Em Resende, novo decreto municipal determina a suspensão de atividades nos shoppings por 15 dias, a partir deste sábado, dia 21. Nas lojas de rua já vigora o horário de segunda a sexta entre 12 e 18 horas, aos sábados não haverá expediente na cidade.

Em Barra Mansa, os presidentes da Associação Comercial, Industrial, Agropastoril e Prestadora de Serviços de Barra Mansa, Câmara de Dirigentes Lojistas, Sicomércio e Conselho de Desenvolvimento Econômico de Barra Mansa reuniram-se na terça-feira, 17, na sede da Aciap, com o prefeito Rodrigo Drable para debater ações visando minimizar os impactos da pandemia do Coronavírus na cidade.

As entidades decidiram recomendar a empresas associadas que dispensem de suas funções temporariamente funcionários que apresentem quadro gripal. “Pedimos ainda que os estabelecimentos mantenham ventilação natural, evitando o uso de aparelhos de ar condicionado”, orientou Bruno Paciello, presidente da Aciap BM.

 

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