CIEE e Acnur realizam evento virtual sobre o Programa Jovem Aprendiz para refugiados

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Na tarde desta segunda-feira, dia 26, às 16 horas, o Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE) realizará, em parceria com a Agência da ONU para Refugiados (Acnur), o webinar  “Aprendizagem, mais que uma oportunidade: contratação de jovens refugiados”. O evento será transmitido pelo YouTube do CIEE e marca o lançamento de uma cartilha sobre o tema, que conta com apoio da Rede Brasil do Pacto Global e Organização Internacional do Trabalho (OIT).

O webinar contará com participação de Ramon de Faria Santos, auditor Fiscal do Trabalho e coordenador Nacional do Programa de Aprendizagem Profissional na Subsecretaria de Inspeção do Trabalho no Ministério da Economia; José Egas, Representante do Acnur no Brasil; Laura Dias, oficial de Projeto do Escritório da OIT no Brasil; e Mônica de Castro, superintendente Nacional de Operações do CIEE. A mediação será realizada por Rannyelle Adorno Braz, supervisora de Assistência Social do CIEE.

“A aprendizagem é uma importante ferramenta de inclusão no mundo do trabalho. Além do dia a dia na própria instituição contratante, o Jovem Aprendiz tem a oportunidade de se desenvolver como cidadão, pessoa e profissional através dos conteúdos oferecidos na capacitação teórica. É um programa com potencial para transformar a vida de um jovem refugiado e a parceria com o Acnur é essencial nesta missão”, afirma Mônica de Castro.

“O Acnur acredita é importante investir na comunidade jovem refugiada, pois eles são o futuro de toda uma geração de pessoas que foram forçadas a deixar seus países de origem”, ressalta José Egas, Representante do Acnur no Brasil. “A oportunidade dada para que jovens refugiados se tornem aprendizes contribui para a formação dessas pessoas que almejam grandes realizações no Brasil, sendo o trabalho um meio de garantir sua autonomia”, complementa.

É legal contratar uma pessoa refugiada como aprendiz?

A inclusão de jovens refugiados em programas de aprendizagem é legal, observando a legislação em vigor. As pessoas refugiadas e solicitantes da condição de refugiado podem trabalhar regularmente e obter Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS), assim como a Certidão de Pessoa Física (CPF). Essas pessoas também têm acesso à Carteira de Trabalho Digital. O primeiro documento de identificação que o solicitante da condição de refugiado recebe no Brasil é o Protocolo de Solicitação de Refúgio, emitido pela Polícia Federal.

Esse documento é válido em todo o território nacional e comprova que seu portador está no país em situação regular. A validade inicial do Protocolo de Solicitação de Refúgio é de um ano, no entanto, o documento será renovado durante todo o período em que o solicitante aguardar a decisão do seu processo, sem qualquer prejuízo ao seu status regular no país.

Quais são as vantagens de se contratar jovens refugiados?

Contratar uma pessoa refugiada torna mais dinâmico e produtivo o ambiente de trabalho. São profissionais que frequentemente dominam mais de um idioma e possuem conhecimentos, experiências e qualificações variadas. Suas diferentes experiências, trajetórias e perspectivas fomentam desenvolvimento de novas ideias e inovação nas equipes e no ambiente de trabalho, além de contarem com muita determinação e assiduidade no trabalho.

Empresas que contratam profissionais refugiados relatam múltiplos benefícios, como o maior engajamento de funcionários e o desenvolvimento de habilidades de liderança entre seus pares. Além de trazer mais diversidade ao ambiente de trabalho, as empresas relatam que os profissionais refugiados/as contratados motivam seus colegas, demonstram alto comprometimento com suas funções e permanecem mais tempo em seus cargos (menores taxas de rotatividade).

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