Chuvas no Rio matam 15 pessoas e bombeiros buscam desaparecidos; prefeito pede desligamento de usina

Por Mônica Vieira

RIO/SUL FLUMINENSE

O Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro ainda busca desaparecidos após as chuvas intensas que atingiram na sexta-feira, dia 1º de abril, e ontem, dia 2, diversas cidades do Estado, especialmente na região da Costa Verde e na Baixada Fluminense. Em decorrência dos temporais, 15 mortos já foram confirmados, sendo oito em Angra dos Reis, seis de Paraty e um em Mesquita. A previsão do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) é de mais chuva para hoje, dia 3.

O Estado vive um dos anos de maior preocupação em relação às chuvas. Em fevereiro, Petrópolis, na Região Serrana, foi duramente impactada por temporal que deixou mais de 230 mortos. O episódio foi reconhecido pela cidade como a maior tragédia de sua história.

Diante das novas ocorrências no estado neste fim de semana, o governador Cláudio Castro, do Estado do Rio, criou um gabinete de crise com a participação de várias secretárias. A força das chuvas na madrugada de sábado causou grande impacto na Ilha Grande, no município de Angra dos Reis, na região da Costa Verde. Um deslizamento de terra arrastou árvores e casas e deixou completamente destruída a Praia de Itaguaçu. Comunidades da ilha famosas pelo turismo, como a Vila do Abraão, também foram bastante afetadas.

“Nas últimas 48 horas, Angra dos Reis atingiu o volume equivalente a 655 mm (milímetros) no continente, e 592 mm na Ilha Grande, índices jamais registrados anteriormente”, afirmou a prefeitura em nota publicada em seu site. Diante do cenário, foi decretado estado de emergência. Hoje, o prefeito Fernando Jordão pediu o desligamento da Usina Nuclear, já que, em caso de necessidade de evacuação, a população hoje está ilhada.

Na cidade de Paraty, ao sul de Angra dos Reis, um deslizamento de terra atingiu sete casas na comunidade costeira de Ponta Negra. O temporal na Costa Verde também afetou a rodovia federal BR-101, conhecida como Rio-Santos. Segundo a Defesa Civil Nacional, entre Mangaratiba (RJ) e Ubatuba (SP), há 23 pontos  interditados em razão de queda de árvores e deslizamentos de terra.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, seis pessoas ainda estão desaparecidas em Angra dos Reis e uma em Paraty. Helicópteros foram mobilizados para as operações de busca. “Nossas aeronaves estão em ação. Equipes, equipamentos e insumos chegam via aérea dentro da logística da operação de resgate na Costa Verde”, informou a corporação através das redes sociais.

As Forças Armadas estão contribuindo com as operações, prestando apoio para transporte de bombeiros, cães e dispositivos de busca e salvamento.

Outras regiões

O município de Nova Iguaçu, um dos mais atingidos na Baixada Fluminense, também decretou estado de emergência. O transbordamento do rio Botas deixou bairros inteiros alagados e famílias completamente ilhadas. No município vizinho, Mesquita, uma pessoa morreu ao sofrer uma descarga elétrica em uma via alagada.

A forte chuva também causou transtornos na Região dos Lagos. Uma barreira interrompeu totalmente o tráfego na rodovia estadual RJ-106, entre Saquarema e Maricá. No Rio de Janeiro, o maior volume de chuva foi registrado no início da noite de sexta-feira (1º), criando bolsões de água que interditaram vias em diferentes bairros.

A situação foi monitorada pelo Centro de Operações. Em Laranjeiras, na zona sul da cidade, foram contabilizados 132 milímetros entre 19h de sexta-feira (1º) e 19h de ontem (2), deixando a via principal do bairro intransitável por algumas horas.

Diante da previsão de novos temporais, a Defesa Civil do estado pede que a população não permaneça em áreas de risco. É que há risco de novos alagamentos, transbordamentos de rios e deslizamentos de encostas. A atenção é maior na Costa Verde. O Meteorologia mantém alerta para a região até as 11h de amanhã (4). Segundo a previsão, podem ser acumulados até 100 milímetros.

Agência Brasil

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