Christino vai presidir Frente Parlamentar para discutir rumos do petróleo e novas fontes de energia

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Pela primeira vez, uma Frente Parlamentar colocará no mesmo campo municípios produtores de petróleo, grandes multinacionais de óleo e gás e o debate sobre energias renováveis. Para o deputado federal Christino Áureo, (PP-RJ) não há conflito de interesses. Áureo é o futuro presidente Frente Parlamentar para o Desenvolvimento Sustentável do Petróleo e das Energias Renováveis (Freper), que será lançada nesta quarta-feira, 22, às 17 horas, no Salão Nobre da Câmara dos Deputados, Anexo I.

O parlamentar lembrou que a Freper será um encontro entre diversas possibilidades e um marco na transição de um modelo calcado no combustível fóssil para fontes renováveis de energia. “O petróleo é o combustível ideal para impulsionar a transição para fontes mais limpas de energia no país, pensando nos próximos 30 anos”, disse Christino Áureo, ressaltando que o Brasil saberá aproveitar o aumento exponencial da oferta de gás natural vindo do pré-sal. “O gás, já uma fonte mais limpa de energia, poderá ser utilizado para abastecer residências, polos industriais, que vão se instalar nos estados, e ainda fará parte da matriz energética ao abastecer termelétricas”, completou.

A Frente pretende debater a matriz hídrica, fóssil, eólica, nuclear, solar, de biomassa e todas as alternativas viáveis, no radar das grandes empresas e dos países desenvolvidos. Multinacionais do setor já se declaram empresas de energia, para além do petróleo em si, ele lembra.

DEBATE SOBRE PARTILHA DE ROYALTIES

Ao ampliar o alcance da Freper, Christino foi capaz de suplantar o debate sobre partilha de royalties, que está em discussão no STF, para tornar o tema de interesse dos estados não-produtores de petróleo. Diversas unidades da federação, longe do litoral de onde são extraídos os milhões de barris do pré-sal, têm produções relevantes de fontes alternativas de energia, como eólica, solar, biomassa, etanol. E isso os fez aderirem à Frente. “O país sempre foi pioneiro no debate energético, desde os tempos do Pro-Álcool, passando pelos veículos flex e, agora, os carros híbridos. Não podemos ficar para trás no debate energético atual”, relatou o parlamentar.

Segundo o deputado, não á Não há como fazer transição segura entre os modelos se não juntar todos em volta de uma mesa e do mesmo lado. Ressaltou que o Brasil não será irresponsável ao ponto de aderir as novas tecnologias sem aproveitar a janela de oportunidades para retirar das reservas de pré-sal os recursos que necessita, não só para suprir as necessidades de infraestrutura e atendimento à população na saúde e educação. “Especialmente nos estados produtores, mas também para financiar uma transição responsável em direção a fontes renováveis e sustentáveis de energia”, destacou o deputado.

Na avaliação do presidente da Freper, o país tem ambiente regulatório amigável que colocará o Brasil numa posição de atrair os investimentos e capacidade tecnológica de outras nações. Ele lembra ainda que o Brasil é referência em exploração em águas profundas, um conhecimento gerado nas universidades brasileiras que fizeram o Brasil ter o destaque no pré-sal com a Petrobras.

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