Chefe humanitário da ONU vai ao Oriente Médio para negociar auxílio

Por Andre

NOVA IORQUE

“A história está observando”, disse o coordenador humanitário da ONU, Martin Griffiths sobre a crise no Oriente Médio. Ele deve visitar para a região para trabalhar com diplomatas e garantir a entrada de ajuda.

Neste domingo, o secretário-geral da ONU descreveu que a crise está “à beira do abismo”. As Nações Unidas alertam para a situação enfrentada por cerca de 1 milhão de pessoas em Gaza, deslocados na última semana.

Após os ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro, que controla a Faixa de Gaza desde 2006, as forças israelenses emitiram um aviso sobre uma possível ofensiva.

Segundo Griffiths, o acesso à ajuda é a prioridade do trabalho da ONU. Ele adiciona que a organização está conduzindo discussões constantes com Israel, Egito e Gaza para avançar nesta questão.

O chefe humanitário acrescentou que estava otimista no progresso sobre uma solução para o impasse político que impediu que os comboios de ajuda atravessassem de Rafah, no Egito, para o sul da Faixa de Gaza.

Para ele, os Estados Unidos, Reino Unido, União Europeia e mundo árabe “têm obrigações” para garantir que as vidas dos civis sejam protegidas e as regras de guerra respeitadas.

Griffiths fez um apelo para que a infraestrutura civil não seja atacada e que os civis em deslocamento sejam protegidos.

O chefe humanitário da ONU faz um apelo para que as pessoas em deslocamento recebam a ajuda que precisam e pela abertura de corredores que permitam algum alívio aos ataques.

Os reféns

Segundo Griffiths, entre as questões-chave enfrentadas pelos diplomatas está a liberação de supostos 199 reféns israelenses, feitos durante o ataque do Hamas.

Para ele, a guerra começou com a captura desses reféns. Griffiths reconhece a história entre o povo palestino e israelense, mas aponta que esse “ato sozinho acendeu um fogo que só pode ser apagado com a libertação desses reféns”.

Com os ataques contínuos em Gaza e preocupações sobre uma escalada regional do conflito, especialmente na fronteira norte com o Líbano, Griffiths reiterou que a “humanidade deve prevalecer”.

De acordo com ele, a “história está observando as consequências desta guerra e como impactaram as gerações, bem como as formas de reconstruir rapidamente alguma forma de convivência ou vizinhança entre os povos”.

Desde o início do conflito, cerca de 1,3 mil cidadãos israelenses morreram e  outros 3,2 mil ficaram feridos. Estima-se que mais de 2,7 mil pessoas foram mortas em Gaza e pelo menos 7,5 mil ficaram feridas.

Catorze funcionários da agência da ONU para refugiados palestinos, Unrwa, também foram mortos. Segundo dados, eles eram professores, engenheiros, guardas e psicólogos, além de um engenheiro e um ginecologista.

Envio de ajuda médica ao Líbano

A Organização Mundial da Saúde, OMS, enviou suprimentos médicos críticos ao Líbano e está de prontidão para responder a qualquer crise de saúde potencial no país.

Dois carregamentos chegaram a Beirute na segunda-feira, vindos do centro logístico da OMS em Dubai, e incluem medicamentos e suprimentos cirúrgicos e de trauma suficientes para atender às necessidades de 800 a 1 mil pacientes feridos.

O Ministério da Saúde do Líbano está em processo de identificar os hospitais de referência que receberão esses suprimentos vitais.

O sistema de saúde do país foi prejudicado devido a uma crise econômica, a explosão no porto de Beirute que ocorreu em agosto de 2020 e o peso adicional da crise de refugiados sírios.

Existe uma carência de médicos especializados, profissionais de saúde, medicamentos e equipamentos médicos.

Desde que a violência aumentou entre Israel e o Território Palestino no último sábado, também houve relatos de confrontos na fronteira entre Israel e o sul do Líbano, resultando em vítimas civis.

 

*Luciano R. Pançardes – Editor-chefe

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