Chefe das forças de paz na RD Congo quer ampliar grupo brasileiro na selva

0

NOVA IORQUE

Em março, a Missão de paz da ONU na República Democrática do Congo, Monusco, deve receber um novo comandante: o general brasileiro Otávio Rodrigues de Miranda Filho.

Com uma vasta carreira no Exército, ele deve comandar mais de 13 mil integrantes da Monusco, que é uma das maiores missões de paz da ONU no mundo.

Leste da RD Congo é alvo de ataques

A operação conta com uma pequena equipe de guerreiros da selva, formada por 13 brasileiros. Um dos maiores focos de vulnerabilidade é justamente a passagem de elementos armados pela mata.

O leste da RD Congo é foco de grande instabilidade por causa da presença de grupos armados não-estatais que realizam ataques a militares e a civis. A procura pelo apoio brasileiro foi feita logo no início das operações, como contou o general de Miranda Filho, nesta entrevista do Rio de Janeiro.

“Havia uma deficiência nas tropas desdobradas no Congo em termos de operações no interior da selva. Então, eles buscaram a maior escola que existe no mundo para sanar essa deficiência que é o nosso Centro de Instrução e Guerra na Selva, localizado na cidade de Manaus. E desde o primeiro efetivo que ali esteve, eles ensinam as tropas da ONU e também as tropas do Congo como operar com sucesso num ambiente de selva.”

Treinamento de tropas locais

O general disse que são o grupo é composto por 11 militares do Exército, um da Força Aérea e outro da Marinha do Brasil. O novo comandante tem planos de incrementar essa presença, que segundo ele, está fazendo a diferença para o treinamento de tropas locais.

“Eu fui um grande incentivador da permanência e agora até mesmo do incremento dessa tropa brasileira no Congo. O feedback que eu tenho recebido, e que eu recebia, como Quinto Subchefe do Estado Maior do Exército, era o melhor possível, motivo de grande orgulho para o Exército Brasileiro pela qualidade e eficácia do treinamento que essa pequena tropa produz, não apenas em relação não apenas em relação às tropas da ONU, mas também em relação ao Exército Regular da República Democrática do Congo. A intenção, se possível, é até mesmo ampliar esta presença.”

O novo comandante da Monusco irá substituir o general Marcos de Sá Affonso da Costa que deixa o cargo no final de fevereiro.

*Silas Avila Jr. – Editor intermacional

Deixe um Comentário