Chefe da ONU alerta para ameaças a direitos de pessoas com autismo

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NOVA IORQUE

O secretário-geral, António Guterres, destacou o Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo, marcado este 2 de abril, dizendo que esse ano a data acontece durante uma crise de saúde pública diferente de qualquer outra.

Segundo o chefe da ONU, a pandemia da Covid-19 “coloca pessoas com autismo em risco desproporcional.”

RISCO

Em 2020, o tema do dia mundial é “Transição para a idade adulta”, para chamar a atenção para questões como poder de decisão, acesso à educação secundária, ao emprego e à vida independente.

António Guterres diz que pessoas com autismo têm o direito à autodeterminação, independência e autonomia, bem como o direito à educação e emprego. Ele alerta, no entanto, que “o colapso dos sistemas e redes vitais de suporte como resultado da Covid-19 exacerba os obstáculos que as pessoas com autismo enfrentam no exercício desses direitos”

Para o chefe da ONU, é preciso “garantir que uma interrupção prolongada causada pela emergência não resulte em retrocessos dos direitos que as pessoas com autismo e suas organizações tanto trabalharam para promover.”

DIREITOS

António Guterres afirmou que, mesmo durante uma pandemia, os governos “têm a responsabilidade de garantir que sua resposta inclui pessoas com autismo.”

Essas pessoas nunca devem ser discriminadas quando procuram atendimento médico e devem continuar com acesso a sistemas de apoio necessários, permitindo que continuem em suas casas e comunidades e não sejam institucionalizadas de forma forçada.

O secretário-geral afirmou que todos têm um papel a desempenhar durante esse período difícil. Informações devem estar disponíveis em formatos acessíveis, educadores devem reconhecer que alguns alunos estão em desvantagem com ensino on-line e o mesmo deve acontecer nos locais de trabalho.

António Guterres termina sua mensagem pedindo que todos assumam o compromisso de consultar as pessoas com deficiência e suas organizações, para garantir que as novas formas de trabalhar, aprender e se interagir são acessíveis para todos, incluindo pessoas com autismo.

* Luciano R. Pançardes – Editor Chefe

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