BARRA MANSA
Uma situação mais confortável do que aconteceu no ano passado. É o que afirma a economista, Sônia Vilela, ao comparar o preço da cesta natalina deste ano que, conforme projeções, está com produtos mais acessíveis ao consumidor, se comparada com o mesmo período de 2024. De acordo com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) a cesta de Natal deve ter uma elevação média de 4,5%, o que no ano anterior chegou a 9,16%. Conforme explica a economista, isso sugere que, ainda que as famílias sintam o peso da inflação, a aceleração dos preços para os itens natalinos está mais contida neste fim de ano.
De acordo com o gerente assistente de uma rede de supermercados de Barra Mansa, Luiz Fernando Lobato Chagas, a expectativa para essa segunda quinzena de dezembro está muito boa e o que se percebe, desde o início da semana, é que alguns clientes ainda estão em fase de pesquisas de preços, mas a maioria já saindo com os carrinhos cheios, uma tendência que deve se estender nos próximos dias.
“Muitas pessoas já estão fazendo suas compras de final de ano. Nós estamos com várias ações e temos itens aqui para atender tanto o cliente que vem buscar um produto superior, tanto aquele mais acessível. Hoje, com o cenário competitivo, a gente tem várias opções como, por exemplo, as aves, que saem muito nessa época do ano. Nós temos as que atendem ao público que busca algo mais barato e temos as que são das marcas que já estão consolidadas no mercado. Ou seja, preços que cabem no bolso do consumidor”, disse.
É preciso ter cautela
Conforme destaca Sônia, mesmo com essa expectativa e com a chegada da segunda parcela do décimo terceiro, é preciso ter cautela na hora das compras, saber pesquisar, calcular os gastos e fazer render a renda extra.
“Neste ano, particularmente, temos alguns produtos com preços mais baixos como azeite, frutas, massas e algumas carnes, mas temos outros mais altos. É preciso cuidado e saber que não há clima financeiro para perder o controle das contas. O mercado é competitivo, as promoções hão de vir e ganha quem tiver calma e estiver disposto a gastar um pouco de tempo para buscar os produtos com preços mais baixos, além de organizar as contribuições dos envolvidos, seja família ou amigos que participarão da mesa. A população está muito endividada e os juros continuam nas alturas, o que sugere os gastos dentro das possibilidades de cada um”, alertou.
Entre os itens que puxam a alta estão incluídos produtos como aves natalinas (peru, chester), panetones, vinhos, espumantes e oleaginosas. O conselho da economista é para que, além da pesquisa, os consumidores procurem por promoções e considerem marcas alternativas ou a substituição de itens que pode ajudar a reduzir o custo final da ceia.
Clientes já estão com carrinhos cheios
Na tarde desta quarta-feira, a aposentada Iraci Almeida, de 70 anos, já estava antecipando suas compras na companhia da neta. Com uma lista em mãos, ela havia separado o azeite, chester, panetones, pêssegos, entre outros itens para a ceia da família que, conforme disse, estariam “mais em conta” se comparado com outros supermercados. “Eu gosto de pegar os encartes e comparar os preços. Nós viemos para comprar pouca coisa e estamos levando além porque realmente tem coisa que está compensando, como o azeite extra virgem de uma marca ótima, que está R$ 32 reais, a lata de pêssego a R$ 13 reais”, comparou.






