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Centro de Alzheimer Synval Santos amplia atendimento em Volta Redonda

Por Carol Macedo
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VOLTA REDONDA

Uma parceria entre a Prefeitura Municipal e a Associação dos Aposentados e Pensionistas de Volta Redonda (AAP-VR) vai ampliar o atendimento do Centro de Alzheimer Synval Santos. Pela parceria, a AAP-VR pode ajudar na identificação e encaminhamento de pessoas para serem atendidas.

A unidade foi totalmente reformada e retomou as atividades em dezembro do ano passado. O objetivo é garantir mais qualidade de vida para pessoas com Alzheimer e seus familiares.

O serviço possui capacidade para 75 idosos, que são subdivididos em grupos de 25 atendimentos diários. Os cuidados oferecidos pelo Centro são acessados através do encaminhamento médico, cujo laudo aponte diagnóstico de Alzheimer, em nível médio, com CDR 1 ou 2. Os encaminhamentos podem vir da Policlínica da Melhor Idade, AAP-VR ou qualquer profissional geriatra de acompanhamento do idoso.

Selma Jardim Gomes é moradora da Vila Santa Cecília e filha da dona Maria, de 87 anos. Ela contou como sua mãe chegou ao Centro.

“Quando minha mãe fez 80 anos, ela começou a dar uns sinais de que algo não estava muito bem. Depois de um fato emocional, que serviu para evoluir o quadro dela, corri para o médico. Após alguns exames, ficou constatado que era Alzheimer. Um dos médicos da minha mãe me falou sobre o Centro de Alzheimer e me deu as orientações de como proceder para que ela utilizasse o local. Passamos por uma entrevista e, depois de mais ou menos um ano, entre diagnóstico e exames, ela veio para cá”, disse Selma.

Ela conta também sobre a dificuldade de encontrar um local ou pessoal que conheça a doença, para cuidar da sua mãe.
“No meu universo eu não achei uma pessoa que pudesse confiar para ficar com ela. A administração disso me daria muito mais trabalho do que levar ela para morar comigo. Quando ela passou a vir para cá, foi uma benção, porque o acolhimento aqui é muito bom. Nesses dois dias em que ela fica aqui, consigo fazer alguma coisa, retomei as atividades do dia-a-dia, pois na minha idade também preciso me cuidar. Saber que ela é bem cuidada é muito importante. E ela fala sobre esse cuidado em casa”, disse.

Os idosos que frequentam o Centro recebem estimulação nas áreas de Psicologia, Música, Fisioterapia, Artes e afins. Eles passam de 8h às 16h sob os cuidados de equipe especializada e recebem cinco refeições ao longo do dia.


As famílias contam com apoio do Grupo de Educação Continuada aos Cuidadores (GECC), que recebem orientações e informações sobre como melhor entender e cuidar dos idosos. Entre outras coisas, as conversas proporcionam trocas de experiências e de assuntos pertinentes ao Alzheimer.

Segundo a coordenadora da unidade, Danielle Freire, a reativação do serviço tem proporcionado a reorganização emocional, psíquica e física dos idosos e suas famílias.

“Retomamos nossa proposta de atendimento e investimos na redução, tanto do avanço rápido da doença, quanto na qualidade de vida das famílias cuja sobrecarga e cansaço são amenizados. Além disso, esse espaço serve para pesquisa científica junto às universidades e para a orientação a comunidade sobre sinais e sintomas que indicam o aparecimento do Alzheimer. Em tempos de desalinho e desorganização, investir na rotina e no dia a dia da pessoa com Alzheimer, é oferecer uma dose de mansidão e qualidade de vida aos mesmos”, disse a coordenadora.

Além de Psicólogo, Fisioterapeuta, Assistente Social e Músico, as equipes contam com cuidadores de idosos, profissionais de apoio e com veículo próprio, responsável pelo transporte da maioria dos idosos atendidos.

Encaminhamento

Para que a pessoa com Alzheimer possa ser usuária do Centro, é necessário um laudo médico atestando a doença, em nível médio do desenvolvimento, categorizado dentro da sigla CDR 1 ou 2. São códigos que indicam a fase da doença que a pessoa está.

“Nós criamos uma folha de orientação aos médicos e um protocolo, caso ele queira preencher, para não dar o laudo no receituário dele. As famílias podem pegar esse protocolo no Centro Synval Dias e levar para o médico, que vai encaminhar de volta para nós. A partir daí vamos começar um processo de avaliação para os critérios sociais dessa família e desse idoso”, explicou a coordenadora.

Entre os principais critérios analisados estão: maior nível de estresse e sobrecarga da família e do cuidador; menor número de pessoas no cuidado com aquele idoso e maior grau de vulnerabilidade social.

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