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Ceivap destina R$ 4 milhões para o controle da proliferação de plantas aquáticas no rio Paraíba do Sul

Por Carol Macedo
a voz da cidade
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SUL FLUMINENSE

A expansão das macrófitas, plantas aquáticas que podem ser encontradas nas margens e áreas rasas de rios, lagos, cachoeiras, reservatórios e outros corpos hídricos, tem se intensificado nos últimos anos, de acordo com estudos contidos no Plano Integrado de Recursos Hídricos da bacia do Paraíba do Sul. Levando em conta esse fator, o Comitê de Integração da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul (Ceivap) destinou R$ 4 milhões para execução da primeira fase de um projeto que visa controlar a proliferação de macrófitas ao longo da calha do Rio Paraíba do Sul, com a retirada de mais de 1,5 milhão de metro quadrado de plantas.

O recurso financeiro investido nessa fase piloto é proveniente da cobrança pelo uso da água na bacia. Foram priorizadas áreas urbanas e pontes, onde a erosão das margens colocavam suas estruturas em risco. A ação foi executada nos municípios de Pindamonhangaba, Guaratinguetá, Potim, Aparecida, Lorena e Cachoeira Paulista, no Estado de São Paulo, e, em Barra Mansa, Quatis, Porto Real e Campos dos Goytacazes, no Estado do Rio de Janeiro. Os trechos foram definidos após estudos e vistorias contratados pelo Comitê.

A Associação Pró-Gestão das Águas da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul (Agevap), na função de secretaria executiva do Ceivap, acompanhou as ações desde maio de 2017. O projeto consistiu na retirada, transporte e destinação sistêmica e adequada das macrófitas, de forma articulada com os municípios da bacia do Paraíba do Sul e os órgãos gestores dos estados. A contrapartida dos municípios para execução dessa ação foi o transporte e a destinação final da vegetação aquática retirada.


Os próximos passos estão pensados e discutidos pelo Grupo de Trabalho Macrófitas, criado no âmbito do Ceivap para subsidiar o Comitê e a Agevap sobre os assuntos relacionados à remoção e destinação das plantas aquáticas e, também, orientar a alocação dos demais recursos previstos para investimentos em projetos nessa área.

Problemas acarretados pela proliferação de macrófita

Estudos contidos no Plano Integrado de Recursos Hídricos da bacia do Paraíba do Sul apontam que a proliferação das macrófitas no curso do rio acarreta alterações das características da água e redução da disponibilidade de oxigênio, com consequentes prejuízos à reprodução de peixes e à captura do pescado. Além disso, o acúmulo de tais plantas aquáticas interfere na operação dos sistemas geradores de energia das usinas hidrelétricas; implica em redução da capacidade de armazenamento e da durabilidade de reservatórios; causa a redução do fluxo d’água e da vida útil de canais de irrigação e drenagem; e influencia a captação de água para irrigação e uso público.

 

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