BARRA MANSA
A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), divulgou ontem, dia 29, o percentual de famílias endividadas no país. Os dados mostram que houve uma pequena redução em outubro deste ano, em comparação a taxa de setembro, caindo de 65,1% para 64,7%. Essa foi a primeira queda do indicador deste ano que acumulava altas consecutivas. Segundo o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Barra Mansa, Xisto Vieira Neto, o aperto financeiro faz com que algumas pessoas obtenham mais educação financeira. Ele destacou também que com o pagamento do 13º, muita gente aproveitará a oportunidade para pagar as contas.
O cartão de crédito figurou como o principal meio para dívida do brasileiro, sendo apontado por 78,9% das famílias endividadas. Em seguida, aparecem os carnês (15,5%) e o financiamento de carro (9,5%).
Xisto ainda explica que neste período é normal que as pessoas utilizem o 13º para recuperarem o crédito. “Muita gente aproveita a oportunidade para colocar o nome em dia”, afirmou, acrescentando que essas inadimplências também podem frear a economia. “Nesse período de crise, muitos ficaram endividados e isso leva muita gente a ficar com receio de consumir posteriormente”, relatou.
Ainda segundo o presidente da CDL Barra Mansa, as empresas também têm interesse de que o consumidor legalize sua situação financeira, para que ele volte a consumir. “Nós sugerimos que as pessoas façam um plano e que procurem negociar uma forma de pagamento, pois as empresas estão abertas a isso”, afirmou, pontuando alguns tipos de negociações, como, por exemplo, parcelamento, descontos, entre outros.
Inadimplentes em alta
O percentual de inadimplentes, ou seja, de pessoas que têm contas ou dívidas em atraso, aumentou em comparação ao ano de 2018, naquela ocasião o percentual era 60,7%. Cresceu também a parcela das famílias que não terão condições de pagar suas dívidas. A inadimplência atingiu 24,9% em outubro deste ano, acima dos 24,5% do mês anterior e dos 23,5% de outubro de 2018. Já as famílias que não terão condições de pagar suas contas chegaram a 10,1%, acima dos 9,6% de setembro e dos 9,9% de outubro.