BARRA MANSA
A reforma tributária, cujo texto deve ser votado nos próximos dias na Câmara dos Deputados, vem ganhando cada vez mais destaque como uma questão crucial. O setor de serviços pode sofrer um impacto significativo com o aumento da carga tributária de 11% para 25%, caso o texto seja aprovado.
Como um dos temas da bandeira da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL-BM), a luta por uma reforma tributária melhor e justa para a classe empresarial é antiga.
Para o presidente da CDL, Gleidson Gomes, a entidade, assim como para outras que representam o setor, a apreensão, neste momento atual, é para com o modelo de pagamento de impostos proposto no Congresso. Para ele, é necessária uma reforma que estimule a economia, em vez de prejudicá-la. “O sistema atual é complexo, e não há espaço para aumentos adicionais na carga tributária, uma vez que as empresas já estão sufocadas”, aponta, destacando o posicionamento das empresas do comércio, serviços e turismo, que são as principais empregadoras do país e têm lutado por essa causa há anos.
O presidente da Fecomércio RJ, Antônio Florencio de Queiroz Junior, afirmou recentemente que a substituição do sistema atual impactará diretamente o setor de serviços, responsável por 70% do PIB. Segundo ele, a nova legislação penaliza os empresários e pode prejudicar o ambiente de negócios. “O aumento da carga tributária tornará os serviços mais caros e reduzirá a capacidade de geração de empregos”, destaca.
O presidente da CNDL, José Cesar da Costa, fala que a mudança na legislação representa um prejuízo considerável para o setor produtivo. “O modelo tributário brasileiro, que incide majoritariamente sobre o fornecimento de produtos e serviços, sobrecarrega todos os elos das cadeias econômicas, especialmente os cidadãos comuns, que são aqueles que, em última instância, arcam com os custos desse sistema. É necessário revisar o ‘custo Brasil’, aliviando o enorme fardo imposto ao contribuinte por um Estado inchado e ineficaz. Essa é uma tarefa árdua que requer o esforço de todos nós”, reforça.
A CDL Barra Mansa também está ativamente envolvida nas discussões sobre a Reforma Tributária e seus impactos na economia. Recentemente, a entidade promoveu o ‘Dia Livre de Impostos’ em Barra Mansa, onde a mobilização das lojas e o apoio entusiasmado da população refletiram a vontade de se construir uma sociedade mais justa e transparente, onde a carga tributária não seja um obstáculo para o acesso a produtos de qualidade. Para a presidente da CDL Jovem, Jéssica Reis, é possível lutar por uma reforma tributária que promova um sistema mais equilibrado e justo para todos.
A reforma tributária tem como principal objetivo simplificar a cobrança de impostos no país, uma medida considerada crucial para destravar a economia e promover o crescimento e a criação de empregos. No entanto, setores como serviços e comércio estão preocupados com a possibilidade de um aumento na carga tributária em suas atividades.