RIO DE JANEIRO
O caso do assassinato da vereadora Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes, ocorrido em 14 de março de 2018, ‘ganhou’ mais um eletrizante capítulo nesta terça-feira, dia 23, com a delação de Ronnie Lessa, ex-policial militar, acusado do crime.
Conforme divulgado pelo site Intercept Brasil, Lessa apontou Domingos Brazão, atual conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro (TCE), como um dos mandantes do crime que chocou o país em 2018 e, desde então, surgiu a pergunta “#QuemMandouMatarMarielle?”.
Preso desde março de 2019, Lessa fez um acordo de delação com a Polícia Federal em janeiro de 2023, apresentando informações sobre o envolvimento do conselheiro do TCE no crime. No entanto, a delação ainda não foi homologada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), por conta do foro privilegiado de Domingos Brazão.
Além de Lessa, o ex-policial militar Élcio de Queiroz já havia feito uma delação em 2021, confessando ter dirigido o carro durante o crime.
Quem é o acusado
Domingos Brazão, ex-filiado ao MDB, é apontado como possível mandante da morte da vereadora Marielle Franco e de seu motorista Anderson Gomes.
Suspeitas de vingança contra Marcelo Freixo, ex-deputado estadual pelo Psol, surgiram devido a disputas passadas entre Brazão e Freixo, colega de Marielle, e sua atuação na Operação Cadeia Velha, desencadeada em novembro de 2017 que resultou na prisão de grandes nomes da política.
O Ministério Público retoma a análise de documentos relacionados à milícia em Rio das Pedras, suspeitando de vínculos da família Brazão e o ‘Escritório do Crime’. A família, influente no cenário político do Rio de Janeiro, se torna foco de investigações sobre o caso da morte da vereadora.
