BARRA MANSA
O delegado Ronaldo Aparecido, titular da 90ª Delegacia de Polícia de Barra Mansa (DP), em entrevista a um programa de rádio nesta manhã explicou que estava há quatro semanas com o mandado de prisão temporária de Maicon Douglas dos Santos Nascimento, o ‘Maiquinho’, de 22 anos. Ele foi preso na noite de ontem em Angra dos Reis. A autoridade o qualificou já como autor da morte da jovem Maria Julia, de 16 anos, ocorrida no final de outubro no bairro Piteiras.
Ronaldo explicou que a população deve entender que o caso seguia em sigilo e que portando, a Polícia Civil não podia dar detalhes da investigação. Mas que Maiquinho já era considerado foragido desde que o mandado havia sido expedido pela Justiça de Barra Mansa.
O caso voltou a ter repercussão na tarde de terça-feira, depois que saiu o resultado do exame de DNA, feito em Maicon na primeira vez que ele foi preso, na mesma noite do crime. Ficou comprovado que o mesmo teve contato com a jovem, conhecida como Maju, naquela noite do crime e que ela entrou em luta corporal com ele, lutando para não morrer. Sendo assim, ela o feriu e ficou com resquícios de sua pele nas unhas, o que possibilitou a sua identificação. Contudo, a menina foi estrangulada.
Questionado sobre as várias manifestações feitas pela família e amigos da Maria Julia, cobrando solução ágil da família, o delegado explicou que entende que casos como esse ganham grande comoção popular, mas que em nenhum momento a polícia deixou de atuar nas investigações, mas que precisava agir dentro da lei. Ele também agradeceu a toda a sua equipe pela atuação, para apurar a causa da morte, e também aos peritos que trabalharam no caso.
DESABAFO
Em recente entrevista ao A VOZ DA CIDADE, a mãe da Maria Julia, Cristina Fonseca, desabafou, pedindo que: “a Polícia Civil apure o caso com carinho, com mais amor. Gostaria que eles investigassem quem matou a minha filha, como se tivesse acontecido com eles”, comentou Cristina, que também falou: “Quero Justiça e que nenhuma mãe passe pelo o que eu estou passando. Se for pra haver mudança, que algo seja feito, que eu seja a última mãe a passar por essa dor”, comentou ao A VOZ DA CIDADE.
No mesmo dia, a mãe, o pai, Paulo Fonseca, familiares e amigos, fizeram uma manifestação na Igreja Matriz de São Sebastião, no dia 22 de novembro, e depois seguiram até a sede da 90ª DP, onde fizeram um ato pedindo justiça e depois ‘invadiram’, de forma ordeira, a unidade, para cobrar satisfações. Na ocasião, policiais receberam o casal e atualizaram sobre a situação, mostrando que o caso não estava parado.
A PRISÃO
Foi preso na noite de ontem por policiais militares do 33º Batalhão de Polícia Militar (BPM) no bairro Santa Rita do Bracuhy, em Angra dos Reis, Maicon Douglas. Ele é apontado pela Polícia Civil de Barra Mansa como principal suspeito da morte da jovem Maria Júlia, assassinada no bairro Piteiras no dia 24 de outubro. A confirmação veio após a liberação resultado do exame de DNA do material foi colhido por meio de evidências na unha da jovem, que teria entrado em luta corporal com Maiquinho. Na ocasião ele chegou a ser preso, mas em depoimento negou a autoria do crime e por falta de provas, foi liberado.
Com a constatação de sua participação no crime, a foto do acusado foi divulgada pela Polícia Civil. Amigos e parentes da jovem compartilharam pelas redes sociais, o que possibilitou uma ação rápida dos policiais da região que estavam em busca do suspeito.
Segundo testemunhas, Maicon que era vizinho de Maria Júlia no bairro Piteiras, era conhecido por ser uma pessoa violenta. Ele foi indiciado por latrocínio.
O CASO
Maria Júlia foi encontrada caída sem vida no chão da cozinha. Ela tinha sinais de estrangulamento e o rosto estava machucado. O corpo foi encontrado pelos pais. “Ela ia na casa de uma amiga fazer bolo e estava se arrumando, falando conosco pelo celular. Meu filho estava em casa com ela, e saiu. Quando retornamos, a encontramos sem vida”, lembrou o pai da jovem, Paulo Fonseca.
Maicon chegou a ser preso no mesmo dia. Mas negou que tenha participação no crime e foi solto. A polícia segue com as investigações e trabalha com a hipótese de latrocínio, roubo seguido de morte.
O fato foi registrado na 90ª Delegacia de Polícia (DP) como homicídio.
INVASÃO NA DELEGACIA
No dia 22 de novembro, dezenas de pessoas seguiram da Igreja Matriz de São Sebastião, no Centro de Barra Mansa, até a 90ª DP para cobrar satisfações da Polícia Civil sobre as investigações da morte da jovem Maria Júlia. Os manifestantes chegaram a ‘invadir’ a unidade, sendo recebidos pelos policiais. Os pais, Paulo e Cristina, pediram que o caso seja tratado com mais carinho e feito a checagem com o coração. Os agentes explicaram na ocasião que a parte da Polícia Civil já foi feita e que aguardavam um posicionamento do Ministério Público para novas providências.