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Casal suspeito de fraude no Funprev é solto

Por Carol Macedo
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RIO CLARO

Depois que a Justiça do município negou a decretação da prisão preventiva, a servidora Silvana Santos de Paiva e o marido dela, Nilson Lima Nascimento, foram liberados. O casal, que deixou a Delegacia de Polícia da cidade no início da tarde de ontem, estava preso desde o dia 24 de julho sob suspeita de desviar R$ 3,5 milhões do Fundo de Previdência Municipal. O inquérito foi concluído no final da semana passada pelo delegado titular da 168ª Delegacia de Polícia (DP), Michel Floroschk.

De acordo com o delegado, a Polícia Judiciária encerrou seu trabalho no que tange aos delitos de Peculato. Explicou que a materialidade do delito foi exaustivamente demonstrada, assim como os indícios de autoria. “Não cabe ao delegado comentar decisões judiciais que entendem desnecessária a decretação de prisão daqueles que surrupiaram mais de três milhões dos cofres públicos. Agora o processo está sob o crivo do Poder Judiciário”, declarou.

Em depoimento recente, a servidora garantiu que agiu e fez as transferências, sozinha. Ao inocentar o marido, ela teria assumido toda a responsabilidade pelo crime. Teria alegado ainda que Nilson ainda chegou a questionar os valores na conta, mas ela informou que seriam bonificações pelos bons trabalhos realizados no governo municipal.


O delegado disse que o casal foi indiciado também por associação criminosa, lavagem de dinheiro e sonegação fiscal. Lembrou também que segue investigando o envolvimento de outras pessoas no crime. Ainda de acordo com o delegado, vários documentos dando conta de bens adquiridos pelo casal como veículos e imóveis, que configura sonegação fiscal e lavagem de dinheiro, foram encontrados durante as investigações da polícia. Lembrou que Nilson irá responder por peculato, já que emprestou sua conta bancária para que fossem feitas as transferências pela mulher. Já ela já está no peculato.

Ainda durante as investigações, segundo o delegado, foram realizadas mais de 200 transferências do fundo de previdência para suas contas bancárias nos últimos quatro anos. O delegado teve acesso aos extratos bancários e solicitou a Justiça, autorização da quebra do sigilo fiscal dos envolvidos.  Bens e dinheiro do casal foram bloqueados.

Segundo o secretário Municipal de Administração de Rio Claro, Arnaldo Lemos, as investigações iniciaram a partir de “comentários em toda a cidade”, sobre o crescimento rápido do patrimônio e substancial da servidora e do marido dela. Portanto, o secretário declarou à polícia que após análise financeira das contas do Fundo de Previdência do município de Rio Claro, foram constatadas transferências indevidas entre essas contas e a conta pessoal de Silvana.

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