Casa de Cultura Cazuza apresenta espetáculo ‘Brasil, Mostra a tua Cara’

0

VASSOURAS

Com roteiro iniciado através de uma seleção de letras de Cazuza que são transformadas em poemas nasceu o Musical Poético-Teatral ‘Brasil, Mostra a tua Cara’. O espetáculo será apresentado na Casa de Cultura Cazuza nos dias 9, 16, 23, às 19 horas, com entrada franca. Senhas entregues com uma hora de antecedência no local, a realização é da Firjan Sesi.  O espetáculo faz parte do projeto ‘Cazuza 60 anos’, uma homenagem da Federação ao cantor e poeta.

Os poemas de Cazuza foram adaptados para monólogos e diálogos, revelando que seus versos traduzem bem as falas cotidianas, portanto continuam vivas e atuais. Suas indignações, percepções e visões poéticas cabem nas falas de personagens impressionistas ou esboços que sintetizam tantos tipos que os indivíduos possam ser.

A cada letra/poema/diálogo mostrado em cena, a plateia é convidada a reviver seus hits. O público segue o elenco em cantoria, acompanhando suas coreografias gestuais. No primeiro momento do espetáculo, Cazuza é mostrado em seu mundo interior: intenso, exagerado, passional, urgente. Já no segundo momento,  a sua relação com o externo: politizado, contundente, indignado. É Cazuza em verso, prosa, letra, paixão, doçura, Rock n’ roll e fúria. Como no fim o que resta sempre é a poesia, a esperança nos enche de alegria e cantamos todos juntos ‘Pro dia nascer feliz’.

O Grupo de atores vassourenses se formou nos cursos de Teatro da Professora Paula Wenke, roteirista e diretora do espetáculo. O trabalho do grupo pode ser conferido em https://goo.gl/8VLnvt.

Cazuza

Cazuza cresceu em Vassouras e em 2018 completaria 60 anos. A cidade ganhou neste ano a Casa de Cultura Cazuza e o momento é bem propício para que jovens e crianças conheçam bem melhor o valor poético de sua obra.

De acordo com a professora Paula Wenke, suas palavras tão atuais nos geram muita empatia. Posso dizer que comigo a identificação foi imediata. “Muitos pontos em comum: a infância na Praça do Barão de Campo Belo, família materna vassourense, vivência com a criativa boemia do Leblon, o exagerado amor por dizer e escrever poesia, a paixão pelo teatro, uma indignação constante com o Modus Operandi da Política em nosso país e a eterna sensação de que o tempo urge”, destaca.

Para ela, Cazuza é um poeta que se expressa fortemente através de suas letras. O segundo passo foi pensar os poemas como múltiplos monólogos.  “Suas falas são tão sinceras que parecem vir de alguém ou de quem vive a mil e com toda a sensibilidade possível. Uma delícia dizer suas palavras que tem gosto de ‘fruta mordida’. Na concepção da dramaturgia surgiram inúmeros personagens que já fomos ou que seriam plausíveis de existirem. Ao colocarmos os versos de Cazuza em suas bocas, estamos dizendo que suas palavras traduzem bem o que sentimos em diversos momentos de nossas vidas. Se nos apropriamos tanto de sua poesia, estamos dizendo que ela é viva, clássica, mundana, paradoxal e universal. Fala por todos e por consequência, com todos”, resume, informando que o músico Armando Gabriel foi convidado a ajudar na composição das cenas.

 

 

Deixe um Comentário