SUL FLUMINENSE
Tem quem apenas se divirta no carnaval. Mas existe aquele grupo cheio de determinação e boas ideias que sabe que a época festiva é uma ótima oportunidade para faturar. Segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a temporada de Momo promete movimentar este ano cerca de R$ 8 bilhões, e o Rio de Janeiro deve ser o estado com o maior faturamento, estimado em R$ 2,32 bilhões.
Para o Gerente de Conhecimento e Competitividade do Sebrae Rio, Cezar Kirszenblatt, setores como alimentação, transporte, moda e turismo estão na lista dos mais promissores durante a folia. “Esses setores da economia trazem retorno financeiro desde que o produto tenha planejamento. O empreendedor precisa estar atento às datas comemorativas. É uma ocasião para realizar ações promocionais, divulgar seu negócio e fidelizar clientes. O empresário precisa usar estratégias para o seu negócio vender bem”, ressalta.
A afirmação do gerente do Sebrae Rio é reforçada pela pesquisa da CNC. O estudo aponta que o setor de alimentação deve movimentar R$ 4,8 bilhões. Já empresas de transporte de passageiros rodoviário, aéreo e de locação de veículos rodoviários, R$ 1,3 bilhão e os serviços de hospedagem, R$ 861,3 milhões.
Para o Gerente de Atendimento do Sebrae Rio, Leandro Marinho, o empreendedor precisa entender o diferencial do seu modelo de negócio e buscar soluções criativas para fidelizar o cliente. “Com base nesses números, o empreendedor que vai investir no carnaval carioca pode apostar no ramo de customização de fantasias, desenvolver maquiagens específicas para a época, oferecer um cardápio especial, criar promoções na hospedagem dos seus clientes ou ter um serviço de transporte diferenciado, sempre buscando entender a necessidade de quem procura o seu serviço”, frisa.
O Carnaval é uma época que estimula o consumo e que contribui para a economia do setor de turismo, gerando trabalho e renda. A Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH) prevê que a ocupação média hoteleira do Rio de Janeiro já está em torno de 78% com expectativa de chegar a 90%, ou seja, a cidade receberá cerca de 2 milhões de turistas. Por conta disso, toda a cadeia produtiva do turismo se beneficia com a festa como hotéis, pousadas, quiosques, agências e operadoras, hostels, bares e restaurantes.
Segundo a Coordenadora de Turismo do Sebrae Rio, Margareth de Souza, o empreendedor do setor de turismo e hotelaria deve olhar para o mercado; buscar conhecer o perfil do turista e suas expectativas; investir em planejamento, gestão de processos, qualificação de pessoal, parceria entre hotéis, agências e operadoras, transportadoras turísticas para que possam proporcionar a melhor experiência para o cliente. Essas estratégias são diferenciais para alcançar o sucesso. “Esse planejamento associado ao conhecimento dos diversos perfis de turistas resultará em estratégias específicas que atendam os mais jovens que preferem a convivência nos hostels até aos mais exigentes que escolhem hotéis de luxo com opção de transporte particular”, informa.