Carlos Miranda cita 40 políticos que teriam recebido supostamente caixa dois

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RIO

Apontado como operador financeiro do ex-governador do Estado do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (MDB), Carlos Miranda afirmou durante delação premiada uma lista com o nome de 40 políticos que teriam tido privilégios financeiros durante suas campanhas políticas, esquema conhecido como caixa dois. A notícia foi confirmada hoje com exclusividade pelo RJ TV, que, segundo informou, teve acesso a delação.

Carlos Miranda, segundo RJ TV, explicou que o dinheiro arrecadado para campanha vinha de empresas, como empreiteiras e fornecedores do Estado. Entre elas Miranda citou Fetranspor, prestadores de hotéis e serviços. Carlos explanou entre os nomes, o do atual governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, também do MDB. Eduardo Paes (DEM), ex-prefeito do Rio, também teve o nome mencionado durante a delação.

NOMES

Fazem parte da lista: Edson Albertassi – R$ 1 milhão; Andre Lazaroni – R$ 1 milhão; André Santos – R$ 2,5 milhões; Claise Maria – R$ 1,5 milhão; Christino Áureo – R$ 2 milhões; Gustavo Tutuca – R$ 600 mil; Tiago Pampolha – R$ 1 milhão; Graça Matos – R$ 3,5 milhões; José Luiz Nanci – R$ 2 milhões; Marcelino Almeida – R$ 500 mil;Carlos Castilho – R$ 3 milhões; Tio Carlos – R$ 1 milhão; Carlos Osório – R$ 300 mil; Marta Rocha – R$ 300 mil; João Peixoto – R$ 1 milhão; Marcos Abraão – R$ 1,5 milhões; Marcelo Queiroz – R$ 600 mil; Paulo Mustrangi – R$ 600 mil; Gustavo Trota – R$ 1 milhão; Luiz Martins – R$ 1,2 milhão; Tania Rodrigues – R$ 1 milhão; entre outros.

TODOS NEGAM

Após a notícia, alguns mencionados se manifestaram para emissora, como o governador Pezão, que negou todas as acusações, dizendo ainda que sempre agiu de acordo com a Legislação Eleitoral; Cidinha Campos, Aécio Neves, Albertasse (por meio de sua assessoria), Nelson Gonçalves, negaram o que foi dito durante a delação por Miranda. André Lazaroni disse que tem todas suas doações declaradas e Gustavo Tutuca, chamou a informação do delator de mentirosa. Todos os demais citados negaram por meio de sua assessoria o fato e a Fetranspor disse desconhecer o teor da delação a fatos ocorridos, supostamente, antes do atual corpo administrativo.

Dias Toffoli, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), homologou a delação.

OPERADOR FINANCEIRO

Apontado pelo Ministério Público Federal (MPF) como operador financeiro da organização criminosa, Carlos Miranda já tem condenação em outros processos envolvendo Cabral. Miranda foi condenado a 25 anos de prisão por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa no julgamento final da Operação Calicute. E também foi considerado culpado e condenado a 12 anos de prisão no julgamento final da Operação Mascate por lavagem de dinheiro.

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