BARRA MANSA
O candidato a prefeito de Barra Mansa pelo Psol, Petterson Magno, e sua vice, Eliza Campos, debateram a temática negra no dia do aniversário de 188 anos da cidade, lembrado no último dia 3 de outubro. Eles promoveram uma live sobre negritude com um jovem negro, Luiz Guilherme, o Eban. Ele é estudante de história e membro do movimento cultural ‘Slam’ da Matriz, que promove rodas de rima. A dupla postou ainda um texto nas redes sociais destacando que o aniversário do município deve ser pensado como um dia de luta.
Segundo nota enviada pelo Psol, para os candidatos do partido a data é importante, uma vez que Barra Mansa enriqueceu por conta do trabalho escravo. “Os tais barões, hoje saudados como grandes figuras da cidade, são na verdade figuras que deveriam ser problematizadas. Tanto para Petterson como para a Eliza, a cidade é um território onde as pessoas vivem, amam, trabalham, se relacionam, sofrem e são oprimidas e, infelizmente, a história da cidade é fortemente marcada pela opressão, que tem na escravidão do povo negro um importante fator formador do município”, destacou.
Durante a live, Eban apontou que desde 2018 o movimento negro tem crescido no município e destacou a importância de levar cultura para a periferia. “Eu fiquei feliz por ter esse lugar de fala nesse dia 3 de outubro. É bastante frustrante você não ter certas políticas que engrandecem esse tipo de visão étnico-racial. É bem frustrante a história do colonizador ser bem maior que a do colonizado”, ponderou o convidado.
“Por isso o Psol acredita que a realização de uma live sobre negritude no dia do aniversário da cidade é extremamente simbólica, pois toca em um tema sensível que simplesmente foi apagado da nossa história. Para além da live, o tema faz parte do programa do partido, que possui várias propostas voltadas para a questão da memória e da história. Essa pauta do programa tem o intuito de dialogar com os trabalhadores e demonstrar como são eles os verdadeiros protagonistas destes 188 anos de Barra Mansa, e isso inclui o povo negro”, finalizou a nota do Psol.
