Campanha reprime a pirataria em favor da economia fluminense

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RIO DE JANEIRO

O Sistema Fecomércio RJ e a Secretaria de Estado da Polícia Militar anunciaram a campanha educativa para a conscientização da população sobre as consequências e riscos de estimular e financiar o mercado ilegal. O tema é de suma importância para a Fecomércio tanto que motivou o Instituto Fecomércio de Pesquisas e Análises (IFec RJ) a criar, em 2019, o Conselho de Combate ao Mercado Ilegal.

O conselho avalia o impacto do comércio de produtos de origem duvidosa na economia, com números alarmantes: somente em 2019, o consumo de produtos de procedência ilegal gerou um prejuízo de R$ 822 milhões na economia do estado.

Estudo do IFec RJ revelou que aproximadamente 26% da população adulta do estado assume ter comprado algum produto irregular no ano de 2019, o equivalente a 3,3 milhões de pessoas. Entre os fluminenses, 60,6% dos entrevistados entendem que a compra de produtos de origem duvidosa prejudica a economia, oferecendo, para 61,2% dos consultados, uma concorrência desleal ao comércio formal.

Os impactos negativos não se restringem ao comércio, grande gerador de empregos e arrecadador de impostos, mas à vida de todos os cidadãos. A comercialização de artigos de procedência ilegal é também um grande foco de atuação da Polícia Militar, que se une à Fecomércio RJ nesta campanha. “O comércio ilegal exerce forte impacto na área de segurança pública. Mercadorias vendidas clandestinamente nas ruas têm origem em ações criminosas, muitas com uso de violência, como roubos de carga e roubos de ruas. São também fontes de recursos para fortalecer o crime organizado. Portanto, quando combatemos o comércio ilegal, estamos contribuindo para o enfraquecimento de grupos criminosos e a redução da incidência criminal”, afirma a porta-voz da Secretaria de Estado de Polícia Militar, Tenente-Coronel Gabryela Dantas.

CAMPANHA

A Campanha de Combate ao Mercado Ilegal tem caráter educativo, com o objetivo de impactar, entre os meses de outubro e dezembro, os consumidores com informações sobre os mais abrangentes aspectos negativos gerados pelo comércio de produtos roubados: do jurídico ao econômico, passando pelo social.

Os principais meios de comunicação das mensagens são as mídias sociais e imprensa.  O período de realização tem foco nas compras de fim de ano, quando datas como o Natal, Réveillon e férias escolares estimulam um incremento no consumo. “O mercado ilegal se reflete em toda a sociedade, gerando violência, desemprego, exploração de mão de obra, redução da arrecadação tributária e menor investimento social. Sendo assim, defendemos este importante esclarecimento e orientação à sociedade para provocar uma reflexão a quem recorre e alimenta esses canais de comércio ilegal”, explica o presidente do Sistema Fecomércio RJ, Antonio Florencio de Queiroz Junior.

PESQUISA

Na pesquisa realizada em 2019 o IFec indicou a pirataria eletrônica no topo dos itens mais consumidos de forma ilegal: filmes (31,7%) e músicas (28,6%) baixados pela internet foram os mais citados na pesquisa, liderando o ranking. Em seguida, foram mencionados roupas (27%), equipamentos eletrônicos (27%), programas de computador (20,6%), óculos (19%), relógios (17,5%), calçados/bolsas (14,3%), TV por assinatura (9,5%), artigos esportivos (7,9%) e perfumes (6,3%).

O principal motivo apontado pelos consumidores para optar por produtos piratas foi o preço mais baixo, citado por 73% dos entrevistados. E 54% afirmaram já ter se arrependido da compra, e 79,4% por causa da baixa qualidade, e pela falta de garantia outros 58,8%.

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